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Capital

Sem acordo, professores anunciam que greve começa dia 2

Categoria não aceitou 4.78% oferecido pela prefeita Adriane Lopes

Jéssica Benitez e Gabrielle Tavares | 29/11/2022 16:46
Professores reunidos em assembleia geral na ACP (Foto Gabrielle Tavares/Campo Grande News)
Professores reunidos em assembleia geral na ACP (Foto Gabrielle Tavares/Campo Grande News)

Professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) entram em greve na próxima sexta-feira (2), conforme definido em assembleia geral feita na ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) na tarde desta terça-feira (29). Eles cruzam os braços em protesto ao não cumprimento do pagamento da parcela referente a dezembro do reajuste salarial de 10.39%. Nesta manhã a prefeita Adriane Lopes (Patriota) ofereceu 4.78% e R$ 400 em auxílio alimentação à categoria.

O percentual exigido pelos oito mil professores está previsto em lei, mas a Prefeitura alega não ter condições de honrar o compromisso. A chefe do Executivo, o secretário de Educação recém-empossado Lucas Bitencourt e os pais serão oficialmente informados sobre a greve. De acordo com o presidente da ACP, Lucilio Nobre, embora o calendário escolar deva ser prejudicado, nenhum dia ficará sem reposição.

“Isso prejudica a entrega (final das notas) porque o professor tem direito a se manifestar para cobrar uma lei que não está sendo cumprida. Não é uma paralisação extemporânea, sem objetivo nenhum”, explicou.

“Os documentos garantem a reposição do ano letivo do aluno, então não há esse problema digamos assim. Ainda que (os professores) usem o tempo de recesso, os dias paralisados serão repostos”, completou. E os educadores não vão ficar parados.

Conforme definido durante a assembleia, já no dia 2, às 7h30, haverá passeata e panfletagem pelo centro da Capital com destino final a Prefeitura. No dia 5 ocorre o mesmo movimento. No dia 6 de dezembro está previsto ato na Câmara Municipal e no dia 7 ato e montagem de acampamento em frente ao Paço Municipal.

Caso neste meio tempo a prefeita faça nova proposta, com mais proximidade ao exigido pela classe, a paralisação pode acabar. “Se ela apresentar algo que a gente consiga dialogar, (a greve) vai acabar sim, até porque a greve é em função disso. Tem que ser algo que dialogue com os 10,39%”, analisou Lucilio.

Vale ressaltar que os Emeis (Escolas Municipais de Educação Integral), por ser serviço essencial, devem ter funcionamento mínimo. Já sobre as eleições para diretores, o presidente da ACP disse que o assunto não será debatido, pois não é este o foco.

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