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Capital

A um dia de eleição para diretores, professora denuncia ter sido ameaçada

Caso teria ocorrido na Escola Municipal Professora Eulália Neto Lessa, Bairro Manoel Taveira

Lucia Morel | 07/12/2022 19:03
Escola onde ameaças teriam ocorrido fica na Vila Manoel Taveira. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
Escola onde ameaças teriam ocorrido fica na Vila Manoel Taveira. (Foto: Reprodução Redes Sociais)

A um dia da eleição para diretores das escolas municipais em Campo Grande, professora de 46 anos e que dá aulas na Escola Municipal Professora Eulália Neto Lessa, Bairro Manoel Taveira, registrou boletim de ocorrência contra diretora adjunta e outra professora por injúria e ameaça. Ela alega ter sido coagida a votar na chapa contrária à da atual diretora.

Pelo registro, houve ameaça de “destruir a vida” da denunciante enquanto ela dava aula no dia 24 de novembro, por volta das 10h50 da manhã. O registro revela que a diretora adjunta e a outra professora que fazem parte da chapa contrária entraram em sala de aula pedindo para fazer fotos com os alunos, o que foi permitido apenas para a adjunta, já que a outra docente nem mesmo dava aulas para aquela série.

A então professora teria questionado à que estava em sala, por três vezes, se ela teria algo contra si, ao que a vítima respondeu que não. Em seguida, a professora autora falou em alto tom que “pois bem, sua professora puxa sacozinha de merda de diretora, eu vou destruir a sua vida e a da (atual diretora da escola)”.

Sem responder, a vítima virou-se para a adjunta e questionou se deixaria a outra colega fazer essa ameaça. Nisso, a vice-diretora teria apenas dado um sorriso irônico e permitiu que a outra autora continuasse a falar e repetiu a mesma ameaça, acrescentando que “vou acabar com vocês”. Uma auxiliar que estava na sala e atrás da adjunta foi chamada pela professora vítima para que continuasse ali, como forma de não ficar sozinha com as duas supostas autoras.

Uma pessoa que faz a limpeza da escola passava perto da sala no momento foi chamada pela vítima para que ficasse ali também. Mesmo depois de tudo isso, as fotos com os alunos foi tirada e então saíram. Depois do dia 24 de novembro, diante dos movimentos de paralisação da categoria e posterior greve, não houve mais aulas e a vítima, após procurar atendimento psiquiátrico diante do abalo emocional decorrente da ameaça, foi orientada e registrar boletim de ocorrência.

A reportagem entrou em contato com a diretora adjunta, que não atendeu o telefone. A outra suposta autora falou com o Campo Grande News através de sua advogada, que pediu para não ter o nome divulgado para não identificar sua cliente, que também sofreria de problemas psicológicos. Ela disse apenas que já há outro registro feito por ela, na semana passada, diante do clima hostil das eleições na escola e que dará seguimento às representações necessárias. O teor do boletim de ocorrência não foi mencionado.

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