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Capital

Mesmo com greve, professores resistem e dão aula nas escolas municipais

Greve começou no dia 2 de dezembro, após prefeita Adriane Lopes não conceder reajuste de 10,39%

Izabela Cavalcanti e Bruna Marques | 06/12/2022 08:17
Aluno frequentando escola mesmo em meio à paralisação de professores (Marcos Maluf)
Aluno frequentando escola mesmo em meio à paralisação de professores (Marcos Maluf)

A greve dos professores completa três dias úteis, nesta terça-feira (6), mas nem todos os professores quiseram aderir ao ato. Exemplo disso é a Escola Municipal Professora Oliva Enciso, que está dando aula de algumas matérias para os alunos.

A matéria de Educação Física está sendo para os alunos do 6° ano A, 7°, 8° e 9° A; Artes para o  1° ano E, 2° e 3° B e 8°A. O 3° ano A está tendo aula de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia.

Na Escola Municipal Antônio José Paniago, funcionário que preferiu não se identificar disse à equipe do Campo Grande News que está tendo aula somente no período da manhã.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, dos 8 mil professores na cidade, cerca de 2 mil aderiram à greve. Segundo ele, a participação pequena se deve ao fato de alguns serem também docentes da Rede Estadual.

Além disso, ele destaca que os alunos não ficarão prejudicados, já que todos esses dias serão repostos.

No dia 2 de dezembro, o Campo Grande News visitou algumas escolas, uma delas foi a Escola Municipal Professor Arlindo Lima. No portão havia um recado informando que as aulas seriam repostas da seguinte maneira:

A reposição do dia 25 de novembro será no dia 17 de dezembro; 29, no dia 20 de dezembro; a greve do dia 2 de dezembro será reposta em 21 de dezembro; as aulas da paralisação do dia 5 serão substituídas no dia 22 de dezembro; a reposição do dia 6 em 23 de dezembro; dia 7 de dezembro vai ser no dia 26 de dezembro.

Entenda – A ACP alega que desde março tem tido tratativas com a prefeita Adriane Lopes (Patriota) para o reajuste salarial em 10,39%, para ser aplicado na folha de pagamento já do mês de novembro.

Os últimos acontecimentos foram da seguinte forma: no dia 31 de outubro foi protocolado pelo sindicato o Ofício n° 244 cobrando um posicionamento da prefeita. Após 20 dias sem respostas, a categoria paralisou e fez ato em frente à prefeitura.

No dia 29 de novembro, a prefeitura apresenta proposta, no Ofício 4.487/SEGES, que não cumpre a lei, oferecendo 4,78% e auxílio alimentação de R$ 400. Não sendo aceito, a categoria decidiu iniciar a greve no dia 2 a 9 de dezembro.

No primeiro dia, os professores fizeram uma passeata pelo Centro de Campo Grande até a prefeitura. Na segunda-feira (5), segundo dia, eles se concentraram diretamente no órgão municipal, onde teve manifestações, com intervenções artísticas do Teatro Imaginário Maracangalha e dos professores em greve, falas em defesa do Piso 20h e gritos de ordem cobrando uma posição da prefeitura.

Já nesta terça-feira (6), terceiro dia, está previsto ato na Câmara Municipal de Campo Grande para cobrar um posicionamento dos vereadores.

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