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Capital

Mesmo sem acordo, professores da Reme vão receber reposição de 4,78%

Índice faz parte de recomposição inflacionária já acordada com a prefeitura e que começou a ser paga em abril

Silvia Frias e Caroline Maldonado | 30/11/2022 08:50
Prefeita Adriane Lopes falou sobre reindicações dos professores: "É um direito deles". (Foto: Paulo Francis)
Prefeita Adriane Lopes falou sobre reindicações dos professores: "É um direito deles". (Foto: Paulo Francis)

Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande irão receber os 4,78% e a bolsa alimentação de R$ 400,00 propostos pela prefeitura. O índice já faz parte de acordo de recomposição inflacionária acordado desde o começo do ano, mas está aquém do reivindicado pela categoria, que já decidiu pela paralisação na sexta-feira (2).

“A gente sabe o quanto eles precisam ser valorizados, mas, a mesma lei que concede o aumento, me impede, agora, de executá-lo, diante do limite prudencial”, disse a prefeita Adriane Lopes, esta manhã, durante inauguração de hipermercado de Campo Grande.

A prefeita refere-se à Lei Municipal 6.796/2022, que prevê aumento escalonado para a categoria até outubro de 2024, totalizando 62,4%. Para dezembro deste ano, o percentual exigido pelos profissionais é de 10,39%. A legislação também desobriga o Executivo a conceder o reajuste caso isso represente extrapolar o limite da folha de pagamento.

Porém, agora, a categoria vai receber os 4,78% já previstos e que engloba todos os servidores, incluindo aí 9,5 mil professores. A secretária municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Hokama, disse que este percentual já estava acordado e faz parte de recomposição inflacionária, que começou a ser paga em abril, com 5,03%.

Greve - Na semana passada, o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, anunciou que a prefeitura não poderia pagar reajuste de 10,39%. A decisão desagradou a categoria, que iniciou discussão e definiu pelos protestos.

Já no dia 2, às 7h30, haverá passeata e panfletagem pelo centro da Capital com destino final à Prefeitura. No dia 5 ocorre o mesmo movimento. No dia 6 de dezembro está previsto ato na Câmara Municipal e no dia 7 ato e montagem de acampamento em frente ao Paço Municipal.

Caso neste meio tempo a prefeita faça nova proposta, com mais proximidade ao exigido pela classe, a paralisação pode acabar.

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