Prefeitura vai reduzir tapa-buraco pela metade e ‘torcer’ contra chuva
Contratos com 4 empreiteiras que reforçam efetivo próprio vencem no próximo dia 27; nova licitação não será concluída a tempo
Se por um lado é grande a torcida pela chuva, por outro há quem esteja bastante otimista com a previsão do tempo, que só indica estiagem para os próximos dias. É que a partir de 27 de setembro, a Prefeitura de Campo Grande vai trabalhar com metade das equipes da operação tapa-buraco.
Se vier chuva, novas crateras se abrirão pelas ruas da Capital e a administração municipal terá dificuldade de dar conta da demanda.
O contrato com as quatro empresas terceirizadas que reforçam o efetivo do município na recuperação asfáltica na cidade, não estará mais vigente em pouco mais de uma semana.
O número, então, estará reduzido às quatro equipes próprias da prefeitura. Pelo menos até que sejam concluídos os processos de licitação para contratação de novas empreiteiras privadas. O prazo para envio das propostas teve início nesta segunda-feira (18).
É um processo significamente burocrático e sem data definida para divulgação dos resultados.
“Diante da burocracia envolvida no processo, possivelmente os procedimentos não serão concluídos a tempo, antes do fim do contrato atual”, acredita RudiFiorese, secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação.
Fiorese afirma que a prefeitura consegue tocar o serviço com as quatro equipes desde que não chova, pois isso acarretaria no surgimento de novos buracos e crateras em vários bairros e o município não daria conta.
Ele, porém, está otimista quanto a essa situação, pois, de acordo com previsões, meteorológicas, ainda há um bom período de estiagem pela frente.
“Caso aconteça o pior, o departamento jurídico da prefeitura estudará a melhor forma de contornar a situação”, garante, referindo-se a contratos de emergência mediante autorização do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Licitação – Nesta segunda-feira (18), total de 21 empreiteiras apresentaram propostas para disputar os 7 contratos com a prefeitura para execução dos serviços de tapa-buraco.
A nova licitação teve valor reduzido para R$ 43 milhões.
Lançado em 28 de abril, o edital 004/2017 previa gastos de até R$ 47,4 milhões. Mas o TCE suspendeu o procedimento no mês de maio por suspeita de irregularidades.
A concorrência foi liberada pelo tribunal em 13 de julho, após ficar parada por 49 dias.
A prefeitura pretende pagar no máximo R$ 8.280.969,26 para um ano de tapa-buraco na região do Anhanduizinho, R$ 7.299.667,59 para a área do Bandeira, R$ 5.242.697,00 para o serviço no Centro, R$ 6.161.325,89 para o Imbirussu, R$ 5.282.414,00 para a região do Lagoa, R$ 6.132.151,87 para o Prosa e R$ 5.427.210,37 para o Segredo.