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Capital

Presa por matar idosa se apresentava como policial e desfilava com distintivo

O investigação apontou que a mulher usava uma arma de brinquedo e fingia trabalhar em uma delegacia de Polícia Civil de Campo Grande

Geisy Garnes | 01/03/2019 14:30
Pâmela está presa desde o dia 25 pelo assassinato de Dirce (Foto: Reprodução Facebook)
Pâmela está presa desde o dia 25 pelo assassinato de Dirce (Foto: Reprodução Facebook)

Pâmela Ortiz de Carvalho, de 36 anos, assassina confessa da idosa Dirce Santoro Guimarães Lima, de 79 anos, foi alvo de investigação após fingir ser policial civil em Terenos – a 25 quilômetros de Campo Grande. Na cidade, a mulher se apresentava como investigadora e desfilava com arma e até um distintivo furtado.

Em maio do ano passado a Delegacia de Polícia Civil de Terenos recebeu denúncias de que Pâmela se apresentava em vários estabelecimentos da cidade como investigadora e andava frequentemente com arma e distintivo da Polícia Civil.

Durante as investigações, os policiais descobriram um perfil feito por Pâmela em uma rede social com um currículo dela como policial militar e várias fotos divulgadas em grupos de WhatsApp tiradas dentro da delegacia. Até a rede de internet na casa dela era remetia à polícia e chamava “Rede W10-Polícia Civil”.

Na época, ela chegou a contratar uma cuidadora para os quatro filhos alegando que precisava fazer plantão na delegacia que trabalhava em Campo Grande. As denúncias resultaram em uma operação que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Pâmela. No local foram encontradas uma arma de brinquedo, um distintivo, capa de procedimento policial, dois livros da Polícia Civil e um protocolo.

Pâmela foi levada para prestar depoimento, confessou não fez policial e ainda declarou que fingia trabalhar na Polícia Civil para “inibir cobranças de agiotas”. Contou ainda que o distintivo que usava como seu, na verdade, pertencia a um ex-namorado que de fato era investigador.

Foto de Pâmela em delegacia era divulgada por ela em grupos de WhatsApp (Foto: Reprodução)
Foto de Pâmela em delegacia era divulgada por ela em grupos de WhatsApp (Foto: Reprodução)
Fotos foram anexada ao processo (Foto; Reprodução)
Fotos foram anexada ao processo (Foto; Reprodução)

O policial também foi chamado para depor e contou ter conhecido Pâmela em 2015, quando ela era estagiária na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Eles namoraram por quatro meses e nesse período o apartamento do investigador foi furtado. De lá, levaram um televisão, uma algema, R$ 900 em notas e R$ 250 em moedas, além de livros da Polícia Civil, distintivo e um colete balístico.

Ao delegado de Terenos, o investigador contou que Pâmela tinha a chave do apartamento e que na época estranhou o furto porque nenhuma porta foi arrombada. Na delegacia ele ainda reconheceu os objetos apreendidos com a mulher como os mesmo levados de sua casa.

Em depoimento Pâmela contou ainda que fez pouco mais de um ano de direito. Ainda assim ela fez estágio em três delegacias de Campo Grande, a Depac, a 1ª Delegacia de Polícia Civil e por último a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), de onde furtou talões de cheque apreendidos para fazer compras.

A investigação resultou em um processo de contravenções penais que ainda tramita na justiça de Terenos e soma a longa lista de passagens de Pâmela, que responde a crime de estelionato, lesão corporal, injúria, dano, ameaça e peculato.

O crime - Pâmela está presa desde 25 de fevereiro, quando confessou à polícia ter agredido Dirce Santoro Guimarães até à morte. O corpo de Dirce foi encontrado nos fundos da fábrica do Indubrasil, região oeste da cidade, coberto de lixo.

Pâmela alegou que usou cartões da idosa para fazer compras em lojas de departamento da Capital e no dia do crime acabou discutindo com ela por conta da dívida, de aproximadamente R$ 1 mil. Durante a briga Dirce tentou sair do carro em movimento, mas caiu.

Nervosa, Pâmela também desceu do veículo, segurou a idosa pelo cabelo e bateu a cabeça dela várias vezes contra o meio-fio. Ela não só detalhou o assassinato, como afirmou que ao perceber o que tinha feito, arrastou o corpo para debaixo de uma árvore para tirar a vítima do sol.

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