Preso com fuzis e pistolas 9 mm diz que trabalhava para dono de clube de tiro
Homem guardava armas por R$ 2 mil; ele foi preso durante investigação da PF para frustrar plano de roubo
O construtor civil Narciso Chamorro, de 32 anos, preso na terça-feira (4) com fuzis e pistolas 9 milímetros, no Bairro Moreninhas, em Campo Grande, afirmou que trabalha para o dono de um clube de tiro na Capital e receberia R$ 2 mil para guardar o armamento. Narciso passa por audiência de custódia nesta quinta-feira (6).
A Polícia Federal já investigava um plano de roubo e após receber informações anônimas, abordou Narciso que saía com o veículo Corsa de uma casa, na Rua Radra Mamed Alli, próximo ao Parque Jacques da Luz. No momento da abordagem, Chamorro já afirmou que carregava armas e munições ilegais no porta-malas.
Quem receberia o armamento seria um homem identificado como "RD", com quem Narciso trocava inúmeras mensagens pelo celular. No carro, os policiais encontraram pistolas, fuzis, munições, coletes balísticos e identificações falsas da Policia Civil. Na casa de onde ele saiu com o carro também foram feitas buscas. No local, os federais apreenderam três fuzis e uma pistola 9 mm no cofre. As armas possuíam documentação, mas como Narciso seria CAC, desrespeitava a legislação em vigor, então o armamento foi apreendido.
Dono das armas - Aos policiais federais, Narciso contou que trabalha na construção civil e foi indicado há cerca de um ano através de terceiro para realizar trabalho na área. O serviço era para o proprietário de um clube de tiro e de uma loja de armas na Capital. Na época, afirma que aproveitou para tirar o registro do CAC (Colecionador, Atirador e Caçador).
Depois de um tempo, "RD" pediu para que ele guardasse o armamento por três ou quatro dias e pagaria R$ 2 mil. Na abordagem, o homem disse que estava em Maracaju e veio para a Capital para fazer "correria do armamento". Contudo, depois mudou a versão e afirmou que não sabe quem seria "RD".
No total foram apreendidas três pistolas 9 mm de fabricação americana apresentando kit rajada, quatro fuzis - um com numeração raspada - munições, coletes balísticos, identificações falsas da Policia Civil, anotações, entre outros materiais. Sobre as armas encontradas na casa, Narciso disse comprou quando tirou o CAC e tinha o objetivo de revender. Também alega que não é atirador esportivo, mas sim, caça javalis com a 9 mm.