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Capital

Presos em MS são suspeitos de integrar rede nacional de pedófilos

O número de presos na megaoperação chegou a 108 na tarde de hoje (20) no país

Guilherme Henri e Bruna Kaspary | 20/10/2017 17:07
Dá direita para esquerda, delegado Fábio Sampaio, delegada Marília Brito e delegado Paulo Laretto (Foto: Marcos Ermínio)
Dá direita para esquerda, delegado Fábio Sampaio, delegada Marília Brito e delegado Paulo Laretto (Foto: Marcos Ermínio)

Presos na Operação Luz da Infância em Campo Grande, vendedor de 27 anos e advogado de 64 anos integravam uma rede nacional de compartilhamento de pornografia infantil.

A megaoperação foi deflagrada simultaneamente em 24 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Ela é considerada uma das maiores do mundo no combate à pedofilia e envolve 1,1 mil policiais. O número de presos chegou a 108 na tarde de hoje (20), informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

Em coletiva realizada nesta tarde, a delegada Marília de Brito Martins, revelou que o vendedor foi enquadrado por tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo e manter e armazenar material pornográfico infantil. O suspeito será levado para uma das celas da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos).

Já o advogado irá responder por armazenar e compartilhar imagens de pornografia infantil e foi levado para a 3ª Delegacia de Polícia. Os dois devem passar por audiência de custódia na próxima segunda-feira (23).

HD's e dispositivos eletrônicos apreendidos (Foto: Marcos Ermínio)
HD's e dispositivos eletrônicos apreendidos (Foto: Marcos Ermínio)
Computador apreendido durante operação (Foto: Marcos Ermínio)
Computador apreendido durante operação (Foto: Marcos Ermínio)

Operação - Os três mandados de busca e apreensão cumpridos na Capital foram nos bairros: Guanandi, na casa do vendedor, Vila Rosa Pires onde fica o escritório do advogado e no bairro Noroeste, local onde foi registrado um boletim de ocorrência, mas ninguém foi preso.

“Trata-se de uma rede de compartilhamento de imagens. E para entrar nessa rede, a pessoa já tem que ter um material a disponibilizar”, disse o titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente).

Apreensões – Conforme a delegada Marília, além das prisões também foram apreendidos computadores, tabletes, notebooks, diversos aparelhos celulares, inúmeros HD’s que continham em sua maioria vídeos de pornografia e até gel massageador.
Para agilizar o trabalho das três equipes que cumpriram os mandados na Capital, os policias contaram com o apoio de técnicos de informática.

Presos em MS são suspeitos de integrar rede nacional de pedófilos

“As investigações continuam. Todo material será periciado e iremos pedir a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos”, adianta da delegada.

Orientações – O delegado Paulo Lauretto, aproveitou a oportunidade para explicar que muitas pessoas acabam cometendo crimes sem conhecimento.

“Manter ou compartilhar uma foto de criança nua é crime. A orientação é de que ao receber um material desse, a pessoa deve ir até a delegacia e registrar a denúncia”, esclarece.

Questionado, pelo tempo em que o material estava nos eletrônicos dos suspeitos a polícia descarta a hipótese de que eles poderiam registrar denúncia na polícia.

Delegada Marília fala sobre operação:

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