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Capital

Vendedor preso tinha baixado vídeos pornográficos com crianças, diz defesa

A prisão não tem ligação com compartilhamento de imagens de crianças, mas sim com o fato do suspeito ter arma e maconha em casa, afirma advogado

Guilherme Henri | 20/10/2017 13:00
Suspeito está detido na Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: André Bittar)
Suspeito está detido na Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: André Bittar)

Vendedor com cerca de 30 anos foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira (20), em uma residência, que fica no bairro Guanandi durante cumprimento de mandados da Operação Luz da Infância.

A ação mira pedófilos e acontece simultaneamente em 24 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Na capital, são pelo menos três mandados de busca e apreensão.

De acordo com o advogado do suspeito, Ronaldo Franco, a polícia chegou até o vendedor, pois ele havia baixado da internet diversos vídeos pornográficos, no entanto, no pacote vieram alguns, que envolviam menores de idade.

“Esses vídeos, segundo meu cliente, já foram deletados, porém sobraram alguns rastros na rede o que foi rastreado pela polícia”, explica.

Entretanto, o defensor destaca que a prisão do suspeito não tem ligação com a operação. “Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão a polícia encontrou 70 gramas de maconha e uma arma calibre 22”, diz, aproveitando para revelar, que o computador do homem também foi apreendido.

Questionado, Ronaldo diz que o cliente alega que a maconha era para uso pessoal e a arma ficava na casa, para defesa do vendedor. “Ela [arma] só não tinha o registro”, destaca.

O vendedor está detido na Depca (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), que coordena a operação em Campo Grande. Ele deve passar por audiência de custódia na segunda-feira (23) e o computador ainda será periciado.

No Brasil – A megaoperação, que envolve ao menos 1 mil policiais, combate o compartilhamento de imagens de crianças, que é crime segundo o ECA (Estatuo da Criança e do Adolescente).

A ação é coordenada pela Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) junto com a Polícia Civil de São Paulo. Conforme apurou o G1, até agora, ao menos 90 pessoas foram presas em flagrante.

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