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Capital

Professora denuncia síndico PM por agressão: "estou com medo"

O caso aconteceu na última quinta-feira (13), no Residencial Ana Clara, na Vila Taquarussu

Por Viviane Oliveira | 18/02/2025 13:00


RESUMO

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A professora Sara Glória Oliveira da Silva Santos, de 56 anos, acusa o síndico e subtenente da PM, Lauro Grei dos Santos Loureiro, de 46 anos, de agressão no Residencial Ana Clara, em Campo Grande. Segundo Sara, após reclamar da ausência do porteiro, foi agredida por Lauro, que estava armado. Ela tentou registrar o caso na Deam, mas foi informada que a delegacia só atende casos de violência doméstica. Lauro também registrou queixa contra Sara, alegando ter sido agredido por ela. A PMMS instaurou procedimento para investigar o caso.

A professora Sara Glória Oliveira da Silva Santos, de 56 anos, denuncia o vizinho e síndico, o subtenente policial militar Lauro Grei dos Santos Loureiro, de 46 anos, por agressão. O caso aconteceu na última quinta-feira (13), no Residencial Ana Clara, na Vila Taquarussu, em Campo Grande.

A mulher também questionou o atendimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Ela reclamou pelo fato de a delegacia atender apenas casos de agressão que envolvam violência doméstica, ou seja, com relação de parentesco ou conjugal entre os envolvidos. Assista, acima, ao vídeo.

Segunda Sara, mora há mais de 30 anos no condomínio e nunca havia se envolvido em confusão. No dia do ocorrido, por volta das 15h30, ela saiu de seu apartamento para comprar sorvete e, ao passar pela portaria, encontrou o porteiro dormindo. Ela não gostou da situação, afirmando que os moradores pagam pelo serviço para ter segurança.

Sara, então, ao retornar do mercado, encontrou o portão destravado e novamente sentiu a falta do porteiro. Revoltada com a situação, mandou mensagem no celular do síndico, mas ele não respondeu. Por volta das 18h30, a mulher tentou de novo falar com ele, dessa vez pessoalmente, mas não o encontrou. Quando retornava ao seu apartamento, acabou encontrando o policial no corredor.

Armado, conforme Sara, o vizinho a derrubou no chão e passou a dar coronhadas em sua cabeça. Ela afirmou que só não aconteceu algo mais grave, porque o seu marido, que também é sargento da Polícia Militar, interveio. “Bateu em mim armado e ainda me deu voz de prisão. Estou toda roxa e a base de remédio. Agora, vivo com medo”, lamentou.

Ainda de acordo com Sara, por ter sofrido violência por parte de um homem, procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para registrar boletim de ocorrência, mas foi informada de que só atendiam casos de agressão à mulher no âmbito da violência doméstica. “Eles fizeram o boletim de ocorrência, mas informaram que para dar continuidade ao atendimento teria de ser na delegacia de área”, disse.

A professora disse ainda que precisa solicitar medida protetiva, mas não sabe a quem recorrer, porque já foi na delegacia de área e lá a orientaram a retornar à Deam. “Fica nesse jogo de empurra. “Eles ficam com essa burocracia, enquanto isso estou com medo de sair de casa”, reclamou.

Questionada, a Polícia Civil informou por meio da assessoria de imprensa que a Deam e a Casa da Mulher Brasileira são para atendimento às vítimas de violência doméstica, especificamente. "Por esse motivo a Deam é uma delegacia especializada. Para a mulher vítima de crimes comuns, existem as delegacias de área”. Sobre a medida protetiva, a Polícia Civil ainda não respondeu.

Outro lado - O subtenente Lauro também registrou boletim de ocorrência, por lesão corporal, contra Sara. Ele conta outra versão para os fatos e disse que foi agredido pela mulher. Segundo o policial, estava em casa quando a moradora passou a dar chutes e murros em sua porta, reclamando do porteiro e proferindo xingamentos.

Ele, então, saiu para falar com a moradora, mas foi agredido pela mulher com tapa no rosto, socos e pontapés que o chamava de “policialzinho de merda”. Para acabar com as agressões, o policial precisou a imobilizar e a confusão só acabou quando o marido de Sara a arrastou para o apartamento deles. O subtenente afirma ainda que Sara estava visivelmente embriagada e antes de subir foi vista em um bar bebendo.

O policial encaminhou imagem que mostra Sara subindo em direção ao seu apartamento consumindo bebida alcoólica.  Ele disse que só não tem a imagem que mostra a confusão, porque o condomínio não possui câmera interna. "Os moradores presenciaram os fatos. Dei voz de prisão a ela, mas o marido dela, que também é policial, a tirou do local para fugir do flagrante", disse.

Corregedoria - Indagada sobre o caso envolvendo policial da corporação, a PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) disse estar ciente, e por meio de sua Corregedoria-Geral, instaurou procedimento para averiguar os fatos e analisar a conduta do policial militar.

As duas partes envolvidas diretamente deram relatos bastante diferenciados sobre o ocorrido, sendo que houve registro de boletins de ocorrência por parte dos dois envolvidos na delegacia. “Por isso, além do procedimento instaurado, aguardamos os trâmites conduzidos pela Polícia Civil para uma melhor análise da situação”.

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