Professora morta em acidente comemorava vaga na rede pública
Professora morreu no último sábado após acidente de carro provocado por oficial da PM embriagado
A família da professora Suellen Vilela Brasil, de 32 anos, que morreu no último sábado (30), vítima de acidente de carro provocado por um oficial da Polícia Militar que estava embriagado e foi preso, veio de Brasília para recolher os pertences que estavam na sua residência, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande. Muito abalados, preferiram não falar sobre a tragédia neste momento.
Suellen foi vítima de um acidente provocado pelo tenente da Polícia Militar, Alexander Nantes Stein, 32 anos, que dirigia um Volkswagen Gol, na Avenida Gury Marques. Comandante da PM em Ribas do Rio Pardo, ele perdeu o controle de direção do veículo, atravessou o canteiro e só parou a 120 metros do local da colisão, jogando o carro da professora contra uma árvore.
A suspeita é que Alexander seguia em alta velocidade, por isso não conseguiu frear a tempo da batida. Ele foi preso em flagrante por dirigir sob efeito de álcool. No domingo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Suellen não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Solidária – Jordana Castanho era vizinha da vítima. Contou que a professora morava em Campo Grande há um ano e meio e estava muito feliz no momento, primeiro por dar aulas na rede particular e depois por conseguir uma vaga em escola pública.
“Ela amava sua profissão e sempre ajudou os alunos com dificuldades e problemas familiares. Sempre foi muito calma, evoluída e solidária, vou sentir muita falta dela”, contou à reportagem.
A vizinha revelou que Suellen tinha feito até promessa para conseguir vagas na rede pública, como professora. “Disse que ficaria um ano sem beber bebida alcoólica, estava feliz que tinha conseguido”.
Ela ainda contou que no dia do acidente, a professora tinha ido à casa de sua irmã e na volta foi atingida pelo outro veículo. “Considerava ela uma irmã que não tive”, resumiu.
Medidas - Preso desde domingo, o policial foi afastado das funções pela Polícia Militar e vai ser alvo de processo administrativo, segundo informado. Sete anos atrás, conforme mostrou o Campo Grande News, ele se envolveu em outra ocorrência policial, a morte de um homem por disparo de arma de fogo em seu poder. À época, foi considerado um tiro acidental.