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Capital

Professores se reúnem com prefeito e não aceitam escalonamento

Kleber Clajus | 02/10/2014 09:21
Sindicato se reúne hoje com prefeito para novamente negociar reajuste de 8,46% da categoria (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
Sindicato se reúne hoje com prefeito para novamente negociar reajuste de 8,46% da categoria (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)

A proposta do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), de escalonar reajuste de 8,46% dos professores municipais pode ser novamente rejeitada pela ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública). Diretores do sindicato se reúnem nesta quinta-feira (2), às 11 horas, para nova negociação no Paço Municipal.

De acordo com o presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, não há discussão em se dividir o reajuste previsto em lei que equipara os salários do magistério ao piso nacional, para 40 horas semanais, de R$ 1.697. Na Capital, no entanto, o valor do piso seria pago para jornada de 20 horas.

“É impossível fazer qualquer discussão que não seja o cumprimento da lei que existe desde maio de 2013. Pelo levantamento que fizemos e no que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal é possível que faça o reajuste e valorize a categoria, que representa um terço dos servidores do município”, pontua Geraldo, que participa da quarta reunião desde agosto sobre o tema.

Pelos cálculos da ACP, o impacto do reajuste na folha de pagamento da Capital será de R$ 3.308 milhões, ampliando o comprometimento da Prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%. Eles ainda ressaltam que, de 2011 a 2013, a folha de pagamento do magistério teve aumento de 57%, ante 81% com as demais categorias de servidores.

“Não é possível que a Prefeitura com aumento de 0,51% na folha fique sem contemplar a categoria. Se escalonar só vai adiar o problema, uma vez que em janeiro há correção do piso nacional. Greve é o último instrumento e não está na pauta. O sindicato sempre conversou e a categoria precisa ser valorizada”, relembra o sindicalista.

Outro lado - De acordo com os dados apresentados, ontem (1º), pelo secretário adjunto da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), Ivan Jorge, os recursos do Fundeb em 2014 somam R$ 215 milhões, porém R$ 216,068 milhões já foram investidos na educação.

Ivan Jorge afirmou ainda que a prefeitura investe R$ 160 milhões de recursos do Tesouro na educação para garantir a folha de pagamento do fim do ano. Atualmente, 5,5 mil professores compõem o quadro da educação municipal e confirma que o reajuste de 8,46% impactará em R$ 3.308 milhões na folha de pagamento.

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