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Capital

Promotor investiga improbidade no HR relacionada à Máfia do Câncer

Aline dos Santos | 31/03/2014 10:29

O MPE (Ministério Público Estadual) apura improbidade administrativa no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian relacionada à operação Sangue Frio, que revelou um esquema de ilicitudes realizado pela “Máfia do Câncer”.

Nesta segunda-feira, a 31ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, cujo titular é o promotor Henrique Cândia, transformou o procedimento preparatório em inquérito civil. O eventual ato de improbidade teria sido praticado, em tese, pela administração do hospital.

A operação Sangue Frio, realizada em março de 2013 pela PF (Polícia Federal) revelou desmonte da rede pública no tratamento do câncer para beneficiar o setor privado. Os alvos diretos da ação foram o Hospital do Câncer Alfredo Abrão e HU (Hospital Universitário).

No entanto, em julho do ano passado, divulgação de gravações levaram ao pedido de afastamento do então diretor do HR e presidente da Funsau (Fundação de Serviços de Saúde), Ronaldo Perches Queiroz. Ele, que estava no comando do hospital desde 2009, foi exonerado.

Na gravação, Ronaldo e a então secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, combinam como responderiam ao Ministério da Saúde solicitação sobre o interesse do Estado em repasse de aceleradores lineares para tratamento de pacientes com câncer.

A estratégia era a de convencer o Inca (Instituto Nacional do Câncer) a enviar os equipamentos apenas para o HR e ao Hospital do Câncer. Beatriz Dobashi também foi exonerada. À época, ambos disponibilizaram sigilo fiscal e telefônico para eventual investigação.

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