Protesto contra Dilma fecha 400 lojas no Centro, afirma organização
O comércio no Centro de Campo Grande reabriu após a manifestação dos lojistas realizada do meio-dia às 13h desta sexta-feira (18). Conforme a organização do movimento, cerca de 400 empresas fecharam as portas, o que corresponde a 90% dos estabelecimentos. Empresários e funcionários fizeram uma pequena passeata pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Hermas Renan Rodrigues, presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), afirma que 200 pessoas participaram da caminhada.
No entanto, a PM (Polícia Militar) informou que na contagem da corporação apenas 70 foram às ruas.
“A avaliação não podia ser melhor, surpreendeu as nossas expectativas. Cada ação tem uma reação e a de hoje foi uma reação a tudo o que vem acontecendo no Brasil”, pontua Rodrigues.
O andou pela Rua 14 de Julho do cruzamento com a Avenida Afonso Pena até a esquina com a Rua Cândido Mariano. Vários empresários e funcionários paralisaram as atividades, mas acompanharam o movimento da calçada, enquanto os manifestantes os convidavam a se unir ao ato.
A PM (Polícia Militar) chegou ao local após o início do evento. O trânsito não foi interditado e a corporação orientou as pessoas a usarem apenas uma das faixas, já que havia muitos integrantes caminhando entre os carros. Alguns motoristas fizeram um buzinaço em apoio ao protesto. No final, os participantes agradeceram o apoio dos militares “batendo continência”.
Eli Botelho, 20 anos, trabalha como cabeleireira no Centro e aproveitou o horário de almoço para ir ao ato, já que a dona do salão optou em permanecer com o estabelecimento aberto. Ela estava acompanhada por um grupo de colegas.
“Nós estamos revoltados, só queremos tirar os dois [Lula e Dilma]. Tem que começar pelos piores, porque foram eles que afundaram o Brasil”, afirma.
A trabalhadora conta que tem ido a todos os protestos sempre que possível e divulga fotos dos eventos nas redes sociais para atrair mais gente. “Se tudo isso resultar em melhorias, vai valer muito à pena, mas mesmo assim estou feliz em ter contribuído”, diz.
Fabíola Deiss é dona de uma loja na região, fechou as portas e participou da passeata. “Nunca se viu a 14 de Julho com as portas fechadas, o coração do Centro”, opina.
O ato foi convocado ontem pela CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande).
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