ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Protesto contra reformas afeta 320 atendimentos diários em ministério

Aline dos Santos e Richelieu de Carlo | 18/04/2017 09:41
Ministério foi invadido nesta terça-feira em protesto.
(Foto: Richelieu de Carlo)
Ministério foi invadido nesta terça-feira em protesto. (Foto: Richelieu de Carlo)

Invadida na manhã desta terça-feira (dia 18) em protesto contra o pacote de reformas do governo federal, a superintendência do Ministério do Trabalho em Campo Grande tem média de 320 atendimentos por dia. Hoje, foram apenas dez.

“O objetivo da ocupação da superintendência é contra o tripé da reforma da Previdência, terceirização e trabalhista. Essa última é o principal motivador. Amanhã vai ter votação na comissão especial da reforma trabalhista”, afirma o coordenador do Comitê Estadual contra as Reformas, Elvio Vargas. O grupo, formado por representantes de sindicatos, federações e movimentos sociais, pretende pernoitar no local.

Segundo ele, a orientação é de que as pessoas procurem a Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho). “O prejuízo se a reforma trabalhista passar é muito pior. O trabalhador vai ficar refém do patrão. Vai poder colocar a faca no pescoço do trabalhador e impor condições”, diz.

Em frente à superintendência, na rua 13 de Maio, 40 manifestantes distribuem panfletos. No interior, pessoas que chegaram às 6h ainda conseguiram atendimento. Um deles foi Bruno Lino, 18 anos, que foi ao local para fazer Carteira de Trabalho. Ele reclama que o governo quer tirar direitos da categoria. “Tinha que parar o Brasil inteiro” diz o jovem.

De acordo com o superintendente substituto, Edimar Maciel, a expectativa é reverter a situação. “Vamos dialogar com os manifestantes, entrar em consenso e terminar com a ocupação”, afirma. Os serviços mais procurados são busca por Carteira de Trabalho, seguro-desemprego e extratos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

“Eles têm o direito de greve, mas os trabalhadores têm o direito de serem atendidos. Têm pessoas carentes que pegam dinheiro emprestado para vir aqui”, diz Edimar. De acordo com o superintendente substituto, quem não foi atendido hoje será tratado como caso especial.

Nos siga no Google Notícias