Quadrilha de Goiânia usava casa no Los Angeles como "QG do tráfico"
Uma casa no Bairro Los Angeles, em Campo Grande, era usada como “quartel general” de uma quadrilha de traficantes de Goiânia (GO). Quatro pessoas foram presas pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) na sexta-feira (20), com 1.2 tonelada de maconha. O prejuízo causado aos criminosos é milionário, pois de acordo com o delegado João Paulo Sartori, eles revenderiam a droga por R$ 1.200 o quilo.
Sara Tabita de Oliveira Paiva, 18 anos, Higor Leonardo Santos Figueiredo, 22, e Edenilson Ribeiro dos Santos, 29, vieram de Goiás para o Mato Grosso do Sul, foram à Bela Vista e contrataram Edivaldo Cáceres, 25, para transportar a droga da fronteira com o Paraguai até Campo Grande. “Eles vinham sendo investigados há cerca de um mês”, explicou o delegado.
Prisões - Na noite de sexta-feira, por volta das 23h, os policiais da Denar avistaram Edivaldo com uma Ford Ranger carregada, em Sidrolândia. Ao notar a aproximação da viatura, ele tentou fugir, mas acabou detido. “Ele não obedeceu a ordem de parada e quis fugir, jogando a camionete contra a viatura. Foi dado um tiro no pneu que fez ele parar e ser preso por nós”, disse Sartori.
Ao mesmo tempo, outra equipe de policiais abordava uma casa na Rua Antônio Prado, no Jardim Los Angeles, onde estavam Sara, Higor e Edenilson aguardando o carregamento que eles levariam em um Toyota Rav4 até Goiânia. Inicialmente o trio negou envolvimento, mas acabou confessando como coordenavam o esquema. Eles compraram a droga na fronteira por R$ 300 o quilo, e depois revenderiam por preço quatro vezes maior, esperando lucrar mais de R$ 1 milhão.
Edivaldo, vendedor de ervas morador em Bela Vista, receberia R$ 5 mil para trazer a maconha até à Capital na Ranger roubada em Goiás. Nem todo o material seria tirado do Estado, pois cerca de 200 quilos ficariam estocados no “quartel do grupo”. Esta era a segunda remessa do trio; há aproximadamente um mês eles conseguiram atravessar grande quantidade de droga e por esta razão, acreditavam que teriam sucesso novamente. De acordo com o delegado, os envolvidos vão responder por tráfico, associação ao tráfico, receptação e posse irregular de munição de uso restrito, pois estavam com dois projéteis. O proprietário do imóvel também será investigado.