Reativação de usina em MS é chance de driblar crise hídrica, aposta Ministro
Usina que transforma gás natural em energia elétrica tem capacidade para abastecer mais de 50% da Capital
Responsável por transformar gás natural em energia elétrica, a usina William Arjona foi reativada oficialmente hoje (28), em Campo Grande. O empreendimento que estava parado desde 2017, possui capacidade para gerar 20% da média de consumo de energia de Mato Grosso do Sul e é uma das apostas do governo Federal e Estadual para driblar a crise hídrica e a dependência das hidrelétricas.
Presente na inauguração, o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afastou qualquer possibilidade de racionamento de energia elétrica em Mato Grosso do Sul e garantiu que o Governo Federal segue trabalhando para diversificar as matrizes energéticas em todo o País.
“Essa usina estava parada desde 2017, essa reativação vai ter um papel importante na questão da escassez hídrica. Vamos despachar todos os recursos que temos instalados no País, vamos esperar até o final do ano quando entra o período úmido e vamos utilizar nossa matriz que é muito diversificada e temos diversas fontes renováveis”, disse o Ministro.
Com a inauguração total, será possível gerar 190 megawatts, o suficiente para abastecer mais de 50% da Capital e 20% do Estado. Por enquanto, já operam máquinas que geram 120 megawatts.
“Hoje, o Brasil não é tão dependente da geração de energia das hidrelétricas como no passado. Diversificamos as matrizes, temos usinas termelétricas, fontes eólicas e nucleares. Então, apesar de toda essa escassez não somos tão dependentes, mas ainda precisamos torcer para São Pedro mandar chuva para recuperar a capacidade hídrica dos nossos reservatórios”, destacou o governador Reinaldo Azambuja.
Como exemplo da diversificação nas matrizes energéticas, o governador citou o projeto Ilumina Pantanal, projeto integrado do Governo do Estado, Ministério das Minas e Energia e Energisa, que promove a universalização energética no pantanal sul-mato-grossense.
O projeto, que abrange os municípios de Corumbá, Ladário, Aquidauana, Porto Murtinho, Coxim, Miranda e Rio Verde, vai atender a 2.167 moradias até 2022. Do total das novas unidades consumidoras, 77 receberão modelo tradicional de transmissão de energia elétrica e outras 2.090 serão no sistema solar.