Reforma de R$ 15 milhões na antiga rodoviária será parcial
Prefeito lembrou que prédio é privado e, por isso, não é de responsabilidade do município
Os R$ 15,3 milhões empenhados em recursos do orçamento federal para a reforma da antiga rodoviária, localizado no bairro Amambai, em Campo Grande, será aplicado apenas nos 11% do prédio pertencente à prefeitura. Em agenda pública realizada na tarde desta sexta-feira, o prefeito Marcos Trad lembrou que o prédio é privado e adiantou que o recurso não será utilizado na compra de salas.
Desativado há quase dez anos, o antigo Terminal Heitor Eduardo Laburu acabou tornando-se problema para os gestores. Com a transferência dos serviços de transportes intermunicipal e interestadual para novo prédio na Avenida Gury Marques, no Bairro Universitário, vários comerciantes deixaram o local.
O abandono acabou levando a estrutura de 25 mil metros quadrados de mais de 40 anos a tornar-se abrigo para moradores de rua e usuários de droga. Transformou-se na “cracolândia” campo-grandense.
Mesmo sendo o poder público responsável por apenas 11% do prédio, os gestores municipais foram cobrados de forma recorrente para dar destinação ao local e amenizar os problemas sociais do entorno, fato relembrado pelo atual prefeito.
Segundo ele, a assinatura do repasse será feita na próxima segunda-feira. “Consegui na bancada federal e com estes próximos de R$ 16 milhões nós vamos reformar toda rodoviária na parte que pertence ao município. Ou seja, entorno de 11% do prédio será totalmente revitalizado”, ressaltou.
O recurso será aplicado para execução do projeto arquitetônico selecionado em agosto pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. Agora, a administração pleiteia recursos de R$ 22 milhões para revitalizar os seis mil metros quadrados do imóvel que pertencem ao município (11% da estrutura).
Os planos são de instalar a sede da Guarda Municipal no piso superior (onde ficavam os guichês para venda de passagens) e secretarias com atendimento ao público onde se localizavam a área de embarque.