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Capital

Regiões do Noroeste e Veraneio lideram em focos do Aedes aegypti

Christiane Reis | 08/11/2016 08:27
Cristiane na porte de casa; ela diz que sem a colaboração dos moradores, visita de agentes não é suficiente. (Foto: Christiane Reis)
Cristiane na porte de casa; ela diz que sem a colaboração dos moradores, visita de agentes não é suficiente. (Foto: Christiane Reis)

A chuva está cada vez mais frequente e, com ela, a preocupação com a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika vírus. Dados do Lira (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypit), divulgados pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), revelam que a região dos jardins Noroeste e Veraneio é líder no ranking de focos do mosquito.

Nestas regiões, foram encontrados 10 focos do inseto. A informação é referente ao período de 24 a 28 de outubro.

Quem mora por ali se indigna com a postura dos próprios moradores. “Não adianta o agente de saúde passar e orientar, se as pessoas ão fizerem a parte delas. O agente passou por aqui hoje mesmo, na minha casa está tudo certo e espero que na casa dos vizinhos também”, disse a dona de casa, Cristiane de Oliveira Egídio, 34 anos. Ela mora no Noroeste há dez meses e já teve dengue no início do ano.

Moradora há menos de um mês no Noroeste, Germina Gonçalves Alonso, 27 anos, conta que já teve dengue e que está com sintomas, do que ela imagina se tratar da mesma doença. “Na rua que eu moro o agente passou, mas acredito que não adianta muito se as pessoas não colaboram”, constata.

A auxiliar de limpeza Joana D'Arc da Silva, 27 anos, contou que mora ali há quatro anos e que o agente costuma passar com frequência, “mas as pessoas precisam colaborar mesmo, senão o trabalho fica perdido”. A amiga dela, a também auxiliar de limpeza, Benvinda da Silva Souza, 29 anos, contou que o marido já teve dengue e que só a presença dos agentes não evita que as doenças ocorram.

Regiões do Noroeste e Veraneio lideram em focos do Aedes aegypti

Ranking – Segundo os dados do Lira, depois da região do Noroeste, aparecem Tijuca e Caiobá (08); Guanandi, Taquarussu e Jacy (08); Nova Esperança, Cohab, Alves Pereira e Botafogo (06); Planalto, Amambaí, Cabreúva e Carvalho (06); Cruzeiro, São Francisco e Jardim dos Estados (06); Estrela Dalva , Chácara dos Poderes e Novos Estados (05); Tiradentes e São Lourenço (04); Universitário (03); Centro, Itanhangá Park, Monte Líbano, Glória, São Bento e Bela Vista (05); Vilas Boas, Paulista, Carlota, Dr. Albuquerque e TV Morena (05); Seminário, Nasser parte e Monte Castelo (04). As regiões estão em alerta, conforme as informações do Lira.

Segundo a Prefeitura, são feitas visitas quinzenais aos pontos estratégicos como borracharias, ferro velhos, oficinas, cemitérios equipes de visitadores, supervisores, borrifadores e fiscal sanitário para inspeção, controle mecânico de criadouros, tratamento focal com larvicida e perifocal com inseticida e educação em saúde para controle do mosquito.

Na Capital, o combate ao mosquito é feito pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, com visitas quinzenais e bimestrais pelos agentes de saúde.

Segundo o chefe de Serviço de Controle de Vetores, Vagner Ricardo Santos, os agentes de endemias somam 450 profissionais que fazem visitas às casas a cada dois meses. “Cada agente visita uma média de mil residências”, disse.

Além dos agentes de endemias, a Capital também conta com o trabalho dos agentes comunitários, que somam pelo menos 1.500 profissionais, ligados às unidades de saúde e fazem visitas mensais.

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