Regra é ficar em casa, mas na Praça do Peixe, vida parece ter voltado ao normal
Muitas pessoas andavam, jogavam vôlei nas quadras de areia e brincavam, como se o novo coronavírus não estivesse por aí
Mesmo diante da necessidade de isolamento e quarentena, a cidade parece estar voltando ao normal. Esta semana, no mirante da avenida Duque de Caxias, o movimento era grande. E hoje, na Praça do Peixe, no bairro Vilas Boas, não foi diferente.
Muitas pessoas andavam, jogavam vôlei nas quadras de areia e brincavam, como se o inimigo invisível, o novo coronavírus, não estivesse por aí.
Carolina dos Santos Macario, 32 anos, estava com a sobrinha de cinco anos. Para ela, a quarentena é necessária, mas quando se tem criança em casa, cumpri-las, é mais difícil.
“Eu particularmente acho que tem que existir quarentena, porque a pandemia é algo sério, mas é complicado quando você tem criança pequena em casa”, disse.
Ela conta que apesar do passeio, toma os cuidados previstos como lavar as mãos e usar álcool em gel, mas também fica atenta ao movimento da praça. “Se tem muita criança, como no fim de semana, a gente evita. Só venho quando realmente tem pouca gente”, conta.
O arte-finalista Júlio César Sanches, 40, diz que saiu de casa porque o filho de seis anos não aguentava mais ficar trancado em casa. “Tenho medo sim, e tomamos muito cuidado. Passo sempre orientação pra ele lavar mãos, chegar em casa e tomar banho”, afirma.
No local, diz que um dos cuidados é ficar longe das pessoas, evitar o contato e aglomerações. “Medo a gente tem e procura se prevenir, mas tem horas que a gente tem que dar uma volta”.
Thiago Oshiro, empresário, foi com o filho na praça também, mas foi munido de álcool em gel. Eles ficaram afastados da multidão e segundo Oshiro, todas as regras de higiene estão sendo seguidas. "É lavar as mãos toda hora e usar o álcool", define.
Em família, Leandro Villalva, 27 anos, Danilo Villalva, 30 e o primo deles, Rafael Leal da Conceição, 25 tomavam tereré na praça. “A gente percebeu que o movimento aumentou, mas a gente fica meio distante das pessoas”, argumenta Leandro.
Para ele, “parece que não está acontecendo nada, que está normal, mas acho que o movimento aumentou tanto porque as academias estão fechadas e o pessoal vem pra cá pra se exercitar”, avalia, ao dizer que na última segunda-feira, a praça estava ainda mais cheia.
Sobre o tereré, disse apenas que “como estamos em família, é tranquilo”, comenta.
Para Rafael, apesar do passeio, ao chegar em casa, o chinelo fica pra fora e a higiene é feita. “Tenho consciência que uma pessoa pode estar gripada e acaba cuspindo no chão e a gente pode pisar e levar o vírus pra casa”.
Sobre o aumento na quantidade de pessoas e carros nas ruas, ele avalia que a tendência é aumentar mesmo porque as pessoas não aguentam mais ficar em casa e acredita que semana que vem será mais movimentado ainda.