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Capital

Réu nega, mas é condenado a 12 anos de prisão por matar em bar

Danilo Alves matou Jean Freitas Santos Moraes a tiros em 2016, no Bairro Universitário

Geisy Garnes | 12/11/2021 17:07
Danilo durante depoimento nesta manhã no Tribunal do Júri. (Foto: Marcos Maluf)
Danilo durante depoimento nesta manhã no Tribunal do Júri. (Foto: Marcos Maluf)

Por decisão dos jurados do Tribunal do Júri de Campo Grande, Danilo Alves Moreira, de 36 anos, foi condenado nesta tarde, pelo assassinato de Jean Freitas Santos Moraes. Pelo crime, que aconteceu em 2016 em um bar no Bairro Universitário, foi sentenciado a 12 anos de prisão em regime fechado.

Segundo o Ministério Público Estadual, Danilo chegou ao bar nervoso e procurava outra pessoa, quando atirou na vítima, sem qualquer motivo aparente.

Um dos tiros atingiu o pescoço de Jean, a gravidade do ferimento o deixou paraplégico e acamado. Foram meses de tratamento médico. Pouco mais de um ano depois, ele morreu em decorrência de complicações em seu estado de saúde.

Nesta manhã, durante seu julgamento, negou o crime e afirmou que sequer conhecia a vítima. “Não é verdade que atirei nele. Todo mundo sabia que quem atirou no Jean foi o Murilo, do Bairro Aero Rancho, pelos comentários, toda a vila sabe que foi ele. Não sei nem porque estou sendo acusado”, relatou ao juiz. Os jurados, no entanto, não acataram a tese defesa e condenaram Danilo por homicídio simples.

Na sentença, o juiz Aluízio dos Santos Pereira, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, explicou que apesar do réu ter uma longa ficha criminal, com passagens por roubo, tentativa de homicídio, ameaças, porte e disparo de arma de fogo, lesão corporal e até violência contra a mulher, nenhum dos casos é juridicamente considerado como antecedente e consequentemente, causa de aumento de pena, isso porque nenhum tem sentença definitiva.

Diante disso, definiu a pena em 12 anos de reclusão em regime fechado. Danilo estava em liberdade condicional pela morte de Jean, mas durante o processo, acabou preso por outro crime.

Após a condenação, o juiz determinou novamente a prisão preventiva do réu. Na decisão, o juiz lembrou que além de descumprir as medidas que o mantinham em liberdade, Danilo ainda tentou matar uma das testemunhas do caso, crime pelo qual também responde na Justiça, e por isso, decretou novamente sua prisão preventiva.

Segundo júri – O julgamento de Danilo deveria ter acontecido no dia 7 de maio deste ano, mas seu advogado não compareceu ao plenário e, dessa forma, o júri popular foi adiado para hoje. Na data, ao fazer a ata, o juiz descobriu que o réu estava foragido em um processo de roubo e, por isso, ele saiu do tribunal preso. Desde então, permanece na cadeia.

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