Réu por matar ex e sumir com corpo alega provas ilegais para se livrar de júri
Segundo a defesa, réu foi induzido a criar provas contra si mesmo
A defesa de Rômulo Rodrigues Dias, 34 anos, réu pelo assassinato de Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, sumida desde abril deste ano em Campo Grande, pediu a nulidade dos depoimentos prestados pelo cliente por terem sidos obtidos de "forma ilegal", ao apresentar a alegação final à Justiça, nesta sexta-feira (11).
Usando argumento repetido várias vezes durante a ação criminal, a defesa diz que Rômulo foi ouvido por um policial na delegacia, sem saber que a conversa estava sendo gravado e na ausência de advogado. O réu também alega não ter sido informado sobre os direitos legais, entre eles, o de ficar em silêncio.
Ainda segundo os advogados, em todas as oportunidades que o réu estava acompanhado de advogado, escolheu permanecer em silêncio. Sendo assim, se tivesse sido orientado, não teria sido "induzido" pelo policial a criar provas contra si mesmo.
Ausência de materialidade - No pedido de nulidade dos depoimentos, o último apresentado ao juiz antes dele decidir que o réu vai a júri, a defesa também ressaltou que há ausência de indícios de materialidade do crime.
Conforme a defesa, os vestígios de sangue encontrados no veículo de Rômulo não materializa o homicídio, e que o cliente não sabia de casos extraconjugais da esposa e não possuía nenhum motivo para atentar contra a vida de Graziela.
O caso - Graziela desapareceu no dia 5 de abril, em Campo Grande, após ter uma briga com o marido.
Pela denúncia do promotor Wilson Canci Junior e acatada pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, Rômulo matou e esquartejou o corpo da vítima, se desfazendo do corpo.