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Capital

Réu por matar ex-mulher no trabalho vai a júri popular nesta quarta-feira

No dia 23 de março de 2017, Pâmella atendia atrás do balcão da loja quando foi ferida por Johnny

Geisy Garnes | 24/04/2018 16:05
Pâmela foi ferida por um tiro no pescoço enquanto trabalhava (Foto: Amanda Bogo/Arquivo)
Pâmela foi ferida por um tiro no pescoço enquanto trabalhava (Foto: Amanda Bogo/Arquivo)

Réu pela morte da ex-mulher, Johnny Teodoro Souza, vai a júri popular na manhã desta quarta-feira (25) em Campo Grande. Em março do ano passado, o suspeito invadiu a loja de gesso que Pâmella Jennifer Garicoi trabalhava, atirou contra ela e em seguida tentou se matar. A mulher chegou a ser socorrida, mas morreu após 32 dias internada.

Em dezembro do ano passado, após as audiências sobre o caso, o juiz Aluízio Pereira dos Santos definiu que Johnny iria a júri popular por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento acontece a partir das 8 horas desta quarta-feira, na 2ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso - No dia 23 de março de 2017, Pâmella atendia atrás do balcão da loja - localizado na Avenida Mascarenhas de Moraes - quando de repente Johnny chegou e sem falar nada atirou contra ela. Em seguida, o agressor atirou contra a própria cabeça. Antes do socorro chegar no entanto, ele retomou a consciência e tentou pegar o revólver novamente, mas foi contido por policiais que tinham acabado de chegar.

Pâmela foi atingida no pescoço e ficou internada por vários dias no CTI (Centro de Terapia Intensiva) em coma. Ela era mantida viva por meio de aparelhos e medicamentos. A equipe médica chegou a cortar os sedativos, mas ela não acordou e não apresentou melhora no quadro. A vendedora morreu no dia 25 de abril.

Johnny perdeu a visão do olho esquerdo, também ficou internado, mas recebeu alta médica no dia 5 de abril e foi encaminhado à Deam (Delegacia Especializada de Atendimentos à Mulher), onde acabou preso pelo crime.

Um pouco antes do crime, Pâmela tinha ido à Deam denunciar o ex-marido que enviava mensagens com ameaças para forçá-la a reatar o casamento. Os dois foram casados por 11 anos e estavam separados há 2 meses quando o crime aconteceu.

A vendedora registrou seis boletins de ocorrência por violência doméstica em um período de oito anos. Todas as ocorrências são contra Johnny. Os casos de violência doméstica foram registrados pela vítima em maio de 2009, outubro de 2014 e 2015, março de 2016 e 23 de março deste ano, quando ocorreu o crime.

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