Reunião com sindicato não avança e greve é mantida na rede municipal
Depois da greve aprovada na manhã de hoje, 19, em assembleia geral dos professores da rede municipal e a pressão dos profissionais aos vereadores da Capital, foi realizada uma reunião agora à tarde na Semed (Secretaria Municipal de Educação) com representantes da Prefeitura, Câmara Municipal e ACP/Sindicato (Associação Campo-grandense dos Professores). Depois de mais de duas horas de debates, a negociação não avançou e a categoria deve manter a paralisação a partir do dia 25.
Participaram da reunião o secretário adjunto da Seplanfic (Secretaria de Planejamento, Finança e Controle), Ivan Jorge, o secretário de Administração, Wilson do Prado, que também é interino da secretaria de Educação, o presidente da ACP/Sindicato, professor Geraldo Alves e dirigentes; os vereadores da Comissão de Educação da Câmara Municipal, Ademar Vieira Junior, conhecido como Coringa, (PSD), João Rocha (PSDB), Herculano Borges (SD) e Carla Stephanini (PMDB).
Durante evento na Câmara Municipal pela manhã, a direção da ACP/Sindicato pediu a contribuição dos vereadores nas negociações com a Prefeitura, o que ficou deliberado a participação dos membros da Comissão Permanente de Educação da Casa.
A reunião na Semed seria para os representantes do Executivo apresentar uma proposta de reajuste, considerando a data-base da categoria neste mês. Isso evitaria a paralisação dos professores, mas segundo o professor Geraldo Alves não houve avanço. “Não houve nenhum acordo, somente lamentações quanto às dificuldades financeiras do município. Saímos frustrados”, afirmou.
Geraldo Alves disse, ao sair da Semed, que o departamento jurídico da ACP/Sindicato vai analisar a possibilidade de acionar a justiça para garantir o cumprimento da lei do piso, que estabelece os 13,01% de reajuste para 2015, para jornada de 20 horas semanais. Sem avanço, o presidente disse que está mantida a decisão de greve. Agora no final da tarde a categoria realiza outra assembleia na sede do sindicato para o repasse do resultado da reunião com a Prefeitura.
Segundo o Wilson do Prado, foi explanado toda a situação financeira da Prefeitura e a impossibilidade de aumentar gastos com a folha de pagamento uma vez que o Executivo atingiu o índice prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que já passou de 52% da RCL (Receita Corrente Líquida).
Para o secretário de Administração, “a reivindicação dos professores é legítima, mas estamos em dificuldades financeiras”. Ele informou também que será feito um levantamento na secretaria de Educação e serão realizas algumas readequações entre os professores contratados, considerando que os contratos vencem no final de junho. Wilson do Prado não admitiu demissões, mas a forma de reduzir gás, como está acontecendo com os professores dos Ceinfs (Centro de Educação Infantil).
Segundo o secretário, também deve ser realizado reestruturação no quadro geral da Semed. “ Com isso, teremos o resultado do impacto da economia na folha e assim podemos viabilizar uma proposta para fazer este pagamento”, finalizou.