Rodoviária de Campo Grande pode ser reaberta na sexta-feira
Plano de biosseguraça deve ser entregue e discutido em reunião hoje à tarde com o Executivo
A Rodoviária de Campo Grande poderá reabrir na sexta-feira (24), caso seja aprovado o plano de contenção de risco seja apresentado e aprovado pela prefeitura da Capital. O projeto deve ser entregue e discutido hoje à tarde, em reunião que definirá a volta do transporte intermunicipal.
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), já tinha dito na semana passada que o terminal iria retomar as atividades, mas somente no transporte intermunicipal.
O veto será mantido às viagens interestaduais, já que 80% dos ônibus que chegam ao terminal de Campo Grade passam por São Paulo, estado que apresenta o maior índice de infecção pelo novo coronavírus (covid-19) no País.
Hoje, na apresentação do boletim diário do Executivo, o secretário Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa, disse que a reabertura depende da apresentação do projeto de biossegurança, que deve garantir o distanciamento necessário para evitar a disseminação da covid-19. “A possibilidade [reabertura] é para sexta-feira, se entregarem todos os documentos”, disse Costa, referido-se ao plano da administradora da Rodoviária e das companhias de transporte.
Em entrevista ao Campo Grande News, ontem, o presidente do Rodosul (sindicato que reúne 17 empresas de transporte intermunicipal), Oswaldo César Possari, disse que o plano inclui medidas simples, como não encostar no balcão de atendimento até criação de barreira sanitária, aos moldes do que é feito no Aeroporto Internacional de Campo Grande, com medição de temperatura.
O projeto também prevê venda de passagem respeitando o distanciamento dentro dos ônibus, pulando fileira de poltrona e permitindo apenas que parentes fiquem próximos.
O fechamento total da rodoviária, no dia 24 de março, por decreto de prefeitura, levou 80% dos municípios do interior a cessar as viagens intermunicipais e interestaduais no terminal. O descumprimento da medida, com transporte clandestino de passageiros, prevê multa de R$ 3 mil.
Possari estima que o prejuízo com mais de um mês de paralisação é milionário. Apenas uma concessionária que atua no Estado deixou de arrecadar R$ 6 milhões no período.