Sangue no banheiro confirma que baterista matou Mayara sozinho
A Perícia não encontrou material genético de Anderson Sanches Pereira e Ronaldo da Silva Olmedo
Os resultados dos laudos do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses de Mato Grosso do Sul encontraram apenas o material genético de Luis Alberto Barbosa, misturado ao sangue de Mayara Amaral, de 27 anos, recolhido das paredes do banheiro do motel. A mesma análise não encontrou perfil genético da dupla apontada como comparsa do baterista. A musicista foi morta a marteladas no dia 25 de julho de 2017, em Campo Grande.
A perícia encontrou sangue de Mayara em duas calças jeans, tênis All Star, martelo, toalha de rosto, camiseta, botas, assoalho do carro, assim como nas paredes do banheiro do quarto e no piso da garagem do motel. O material extraído do sangue encontrado na calça jeans, trouxe o mesmo perfil genético de Luis.
Porém, os mesmos laudos assinados pelas peritas criminais Francis Paes Saffran e Thaís Nichikuma Harada, no dia 2 de outubro de 2017, concluíram a exclusão de DNA de Anderson Sanches Pereira e Ronaldo da Silva Olmedo.
“Os resultados obtidos revelam que o perfil haplotípico identificado no sangue da parede do banheiro do quarto, e nas amostras-referência não foram coincidentes, indicando a exclusão de Anderson Sanches Pereiras e Ronaldo da Silva Olmedo (sic)”.
O resultado confirma o segundo depoimento do baterista, que já havia livrado a participação de Anderson e Ronaldo.
Entenda
Mayara foi morta a golpes de martelo em um motel na madrugada do dia 25 de julho, e teve o corpo abandonado e carbonizado em uma estrada vicinal na região do Inferninho, na saída de Campo Grande para Rochedo.
Luís está preso desde o dia 27 de julho quando foi surpreendido por equipes da Polícia Civil, e preso em flagrante pela morte da musicista de 27 anos. Na data, outros dois suspeitos de participação foram presos também, Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos e Anderson Sanches Pereira.
Após versões contraditórias, o suspeito acabou confessando que matou Mayara sozinho, durante uma discussão. Ele alegou ainda que estava sob efeito de drogas e teve um rompante de raiva.
Por conta disso, e pelas faltas de provas, o Tribunal de Justiça livrou Anderson e Ronaldo das acusações de envolvimento no assassinato.
Apesar do clamor popular para que Luis Alberto fosse enquadrado por feminicídio, o Ministério Público manteve a tese de que o baterista matou para roubar e, inclusive, destacou que os bens de Mayara que estavam com o assassino confesso estão avaliados em R$ 17,3 mil - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o VW Gol, modelo 1992. Luís responde por latrocínio.