Santa Casa não descarta futura autonomia para o Hospital do Trauma
O Hospital do Trauma será uma unidade mantida como anexo à Santa Casa, mas a diretoria não descarta que o local se torne autônomo no futuro, sem depender do prédio principal para operar de forma plena. Para isso, a atual capacidade prevista teria que ser dobrada.
Reunião realizada nessa segunda-feira (15), com o corpo clínico da Santa Casa, equipe de engenharia e membros da diretoria - que vão formar uma comissão para discutir a nova unidade -, tratou de uma sugestão de ampliação do atendimento no local, algo por ora rechaçado.
"A proposta foi para reestudar a utilização do espaço e buscar mais recursos para concluir. Porém, como gestor, creio que devemos acabar o que foi proposta e deixar o local preparado para uma futura ampliação, com novo projeto", explica o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento.
Com projetos iniciados e paralisados em períodos distintos, o atual, já aprovado, prevê que o prédio seja uma unidade traumatológica anexa à Santa Casa - ou seja, não manterá atendimento completo com neurologia, cardiologia, e outras especialidades necessárias para tratamento de traumas de forma geral.
"Depois veremos um novo projeto. Agora, eu teria que começar do zero o orçamento, porque a estrutura teria que ser dobrada", completa Esacheu. O local, que tem 6,1 mil m², contará com três pavimentos e terá custo mensal estimado entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões.
No térreo, devem ficar três enfermarias e uma área de tomografia e radiografia. No primeiro andar, haverão 19 enfermarias e uma sala de farmácia. Já no último pavimento, devem ficar 13 enfermarias, cinco salas de cirurgia e 12 UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).
Além da questão de especialidades médicas, o Hospital do Trauma dependerá da logística da Santa Casa, usando lavanderia e cozinhas também. "Essa unidade será um suporte para a Santa Casa", comenta Esacheu.
Segundo o engenheiro responsável pelo novo projeto aprovado, José Neto, foi difícil adequar ele com o proposto nos outros três anteriores - todos paralisados -, já que foi constatado a necessidade de troca de toda instalação elétrica. "Seria tempo e recurso perdido ampliar agora. Temos que aproveitar o que já temos", diz Neto.