Saúde, tarifa e políticos lideram preferência em cartazes de protesto
Com uma ideia na cabeça e um cartaz na mão, a manifestação, com estimativas que vão de 25 mil a 40 mil pessoas em Campo Grande, não poupou críticas. Tudo virou motivo de protesto: tarifa do ônibus, saúde, licitações, café da manhã da Câmara Municipal e até a falta de bibliotecas.
Letras de músicas foram trazidas para a rua na versão original, como “Somos filho da revolução”, trecho de canção do Legião Urbana, e em versões especiais. “Nossa, Nossa. Assim você me mata hospital do Câncer”, dizia um dos cartazes, parodiando o sucesso de Michel Teló.
“HU cadê o seu recurso! Porque seu pronto de socorro é um caos. Mais saúde, menos corrupção”, estampava outra cartolina. O Hospital do Câncer e o Hospital Universitário foram alvos da operação Sangue Frio, que revelou irregularidades no tratamento contra o câncer em Campo Grande.
“Adalberto Siufi e Carlos Dorsa vão ser presos?”, perguntava outro manifestante. Os dois eram diretores das unidades hospitalares investigadas.
Os políticos também fizeram sucesso entre os manifestantes. Questionamentos quanto ao café da manhã, na Câmara Municipal, cujo contrato, válido até ontem, era de R$ 76 mil mereceu diversos cartazes. Também foram vários os pedidos para que cesse a corrupção e que o cargo de vereador seja voluntário.
A tarifa do transporte coletivo, reduzida pela Prefeitura em R$ 0,10 horas antes da manifestação, foi alvo de críticas. “2,75 é caro para quem ganha salário mínimo”. Também renderam protestos o preço da gasolina, a PEC 37, que dá monopólio da investigação criminal para a Polícia, a revitalização da antiga rodoviária e a atuação da imprensa.
Outras manifestações foram mais pessoais: “Pelo futuro do Caíque e Cauê que nasceram hoje”, dizia, em cartaz, um manifestante.
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