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Capital

‘Se for para quebrar a cidade, não vou dar’, diz prefeito sobre reajuste

Servidores estão sem aumento há pelo menos três anos, lembra Marquinhos, mas contas da prefeitura estão no vermelho

Anahi Zurutuza e Yarima Mecchi | 22/04/2017 12:22
Prefeito durante vistoria a obras nas Moreninhas (Foto: Alcides Neto)
Prefeito durante vistoria a obras nas Moreninhas (Foto: Alcides Neto)

Com as finanças comprometidas, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) avalia com cautela a possibilidade de dar reajuste aos 22 mil servidores públicos municipais.

“Se for para quebrar a cidade, eu não dar”, afirmou na manhã deste sábado (22), durante agenda pública.

Pelo segundo dia consecutivo, o chefe do Executivo municipal convocou o secretariado para reunião no gabinete. A equipe discute a situação das contas do município, que pela primeira vez fecharam no vermelho.

Depois de fechar o primeiro bimestre com as contas no azul, o município fechou o mês de março com deficit de R$ 34 milhões (veja o quadro). O município gastou R$ 98 milhões só com a folha de pagamento, sendo esta sua despesa mais alta.

“Estamos com uma dificuldade profunda, temos que reajustar as contas sob pena de começar a ter atraso de salário. Estamos fazendo de tudo para diminuir o deficit. Não queremos atrasar os salários dos servidores”, afirmou o prefeito.

Marquinhos afirmou que a equipe está elaborando uma proposta de reajuste, mas adiantou que não vai conseguir repor as perdas salariais dos últimos três anos, tempo que, segundo ele, servidores não recebem aumento.

“Nós vamos chamar os sindicatos e vamos mostrar a situação, vamos buscar apoio dos vereadores e todos que tenham o entendimento do que está acontecendo”, continuou Marquinhos.

O chefe do Executivo municipal disse que, entretanto, não pode garantir ainda que haverá reajuste. “Se for para quebrar a cidade, eu não vou dar”, finalizou.

Salários – Na reunião realizada ontem (21), o secretário de finanças Pedro Pedrossian Neto já havia demonstrado preocupação com a possibilidade de atrasar o pagamento dos salários dos funcionários público e prolongamento das dívidas com fornecedores.

“Chegará um momento em que as finanças ficarão insustentáveis”, avisou o secretário, conforme a assessoria de imprensa.

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