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Capital

Sejusp se cala diante de denúncia de tortura e prisão por assassinato fictício

Polícia nega tortura e informou que agiu após colher vários depoimento de testemunhas

Guilherme Henri e Kerolyn Araujo | 28/02/2019 14:34
Fábio Araújo dos Santos, 21 anos (Foto: Acervo Pessoal)
Fábio Araújo dos Santos, 21 anos (Foto: Acervo Pessoal)

A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) faz silêncio quanto ao caso de Fábio Araújo dos Santos, 21 anos, preso em Ribas do Rio Pardo – a 103 km da Capital. O rapaz afirma que foi torturado pela polícia e foi obrigado a confessar crime pelo qual ficou 11 dias preso. O detalhe é que o assassinato nem aconteceu.

O Campo Grande News tentou contato no ínicio da manhã desta quinta-feira com a Sejusp e também com a Corregedoria da Polícia Civil, para saber quais seriam as medidas adotadas diante da denúncia, contudo, não obteve retorno.

Além disso, ontem (27) a reportagem também entrou em contato com o Ministério Público do Estado sobre o caso e por meio de nota o órgão apenas informou que “o MPMS entrou em contato com a Promotoria de Ribas do Rio Pardo. O Promotor de Justiça da comarca afirma, que diante dos fatos tomou as medidas de praxe, deu o parecer favorável para a investigação, respaldado pela decisão judicial”.

O Campo Grande News chegou a solicitar uma entrevista com o promotor de Ribas do Rio Pardo, porém, foi informado que ele não concederia entrevista.

Tortura e prisão – Em entrevista, Fábio afirma que estava em casa na noite do dia 16 deste mês quando a polícia bateu na porta. O rapaz foi imobilizado, colocado dentro da viatura e levado para a delegacia.

Lá foi informado que era acusado de ter matado um homem. Contudo, mesmo negando acabou sendo torturado até que confessasse um crime, que jura, não ter cometido.

Para escapar da tortura, ele gravou vídeo dando detalhes do suposto assassinato. Contudo, a “vítima” foi até a delegacia para esclarecer que estava viva e só então Fábio foi solto, após 11 dias preso.

Em contrapartida, a Polícia Civil nega a tortura e diz que agiu diante de diversas denúncias de testemunhas, que inclusive informaram que o jovem pertence ao PCC.

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