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Capital

Sem anestésico, animais sofrem quando precisam de eutanásia no CCZ

Houve aumento na procura pelo serviço, segundo a Secretaria Municipal de Saúde

Lucia Morel | 19/01/2023 16:28
Fachada do CCZ em Campo Grande. (Foto: PMCG)
Fachada do CCZ em Campo Grande. (Foto: PMCG)

Sem anestésico suficiente para todos os casos de eutanásia de cães e gatos, no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), apenas os animais considerados terminais têm sido recebidos no local. Assim, muitos usuários saem de lá com seu animal em sofrimento. Em outras situações, há animais com leishmaniose que também não são eutanasiados, voltam pra casa e colocam todos em risco.

Denúncia feita ao Campo Grande News foi confirmada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que afirmou que o centro conta somente com a “reserva técnica do anestésico utilizado para a eutanásia de animais, destinados apenas para o procedimento em animais em estágio terminal, atropelados graves ou outras condições”.

Conforme usuário que não quis ter o nome identificado, o cão dele está com leishmaniose, procurou o atendimento do CCZ, mas a eutanásia não foi realizada. “Muitos tutores não tem como pagar a eutanásia e o animal fica em sofrimento. Com leishmaniose não tem jeito, é uma doença e a gente fica exposto”, relatou.

Conforme apurou a reportagem, em uma clínica particular procurada, a eutanásia para animais até 10 kg sai por R$ 200,00.

Ainda em nota, a Secretaria informou que houve aumento na procura por eutanásia, porque com mais informação, a própria população acaba procurando os serviços para que seja feito o descarte correto da carcaça. “Além disso, durante a pandemia de covid-19, houve atraso no fornecimento da matéria-prima pelo laboratório que fabrica o medicamento”.

Há licitação aberta para compra do anestésico e a previsão é de que no dia 26 de janeiro seja realizado o pregão eletrônico. O pedido é de 10.813 frascos de anestésico, ao custo previsto de R$ 389.592,39.

Essa quantidade daria conta de um ano de procedimentos de eutanásia e, conforme justificativa da licitação, a eutanásia ocorreria em “animais suscetíveis a alguma zoonose de relevância para a saúde pública, ou em situações de risco quanto à transmissão de agente etiológico para humanos e/ou ainda causador de agravo que represente risco de transmissão de doença para a população humana”.

Conforme a Sesau, o CCZ “está buscando antecipar a aquisição de parte da medicação, para que não haja comprometimento ao bem-estar animal e à saúde da população”, uma vez que “os animais submetidos à eutanásia são seres sencientes e os métodos devem atender aos princípios de bem-estar animal”, cita a licitação.

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