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Capital

Sem efeito contra depressão, prefeitura vai instalar telas e gaiolas em viadutos

Passarelas administradas pelo município e sob concessão da iniciativa privada terão mecanismo de proteção

Por Gabriela Couto | 19/12/2023 08:42
No último dia 5, uma pessoa perdeu a vida ao se jogar do pontilhão sobre a Avenida Ernesto Geisel, na Capital (Foto: Arquivo/Geniffer Valeriano)
No último dia 5, uma pessoa perdeu a vida ao se jogar do pontilhão sobre a Avenida Ernesto Geisel, na Capital (Foto: Arquivo/Geniffer Valeriano)

A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou parte da lei que autoriza a instalar telas ou gaiolas de proteção nas passarelas de pedestres e nos viadutos administrados pelo município e que estão sob responsabilidade da iniciativa privada. O texto foi publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta terça-feira (19).

A medida tem como meta coibir suicídios e evitar que objetos sejam arremessados nas vias da Capital. Também ficaram determinados os locais prioritários para a implantação dos dispositivos. Serão inicialmente colocados em locais de grande fluxo de veículos e que apresentem maior número de ocorrências de mortes.

Até hoje, apenas uma proteção no pontilhão da Avenida Afonso Pena sobre a Avenida Ceará tem uma gaiola de proteção. Desde que foi instalado não houve mais registros no local.

O texto de autoria do vereador Alírio Villasanti (União Brasil) tramitou na Casa de Leis desde 31 de janeiro deste ano. Somente no final de novembro ele foi votado e aprovado com o intuito de preservar vidas, nos viadutos de maior incidência de tentativa de suicídio.

Conforme a justificativa do parlamentar, o risco não se restringe à esfera do suicida, e coloca em xeque as vidas das pessoas que transitam diariamente nas ruas e avenidas das cidades.

O assunto deve gerar polêmica, já que especialistas garantem que esse tipo de intervenção não funciona nem como política paliativa contra os suicídios, na maioria das vezes causados por depressão.

O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero.

É um grave problema de saúde pública mundial. De mais a mais, os suicídios em vias públicas, notadamente em viadutos e passarelas, resultam de uma complexa interação de fatores, sociológicos, culturais e ambientais.

Ajuda - O Campo Grande News aproveita para informar que na Capital o GAV (Grupo Amor Vida) presta um serviço gratuito de apoio emocional a pessoas em crise através do telefone 0800 750 5554.

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