Sem estrutura, Guarda Municipal terá que deixar a antiga rodoviária
Nos próximos dias os servidores serão instalados em um novo prédio, alugado pela prefeitura de Campo Grande
A antiga rodoviária vai deixar, definitivamente, de ser sede da Guarda Civil de Campo Grande. Diante da falta de estrutura, das constantes interdições e das depredações ao prédio, a saída encontrada foi a transferência para uma nova unidade, o que deve acontecer nos próximos dias.
Os servidores deixaram a antiga rodoviária por determinação do Corpo de Bombeiro, que interditou o prédio pela última vez no início deste mês. As equipes então foram realocadas para a Praça do Rádio, devem voltar provisoriamente para a antiga base e depois serão transferidas para um prédio alugado.
Segundo a assessoria de comunicação da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), nos próximos dias, a Guarda Municipal será instalada o imóvel locado nas próximidades do terminal em ruínas.
Ainda conforme a assessoria, a permanência na antiga rodoviária se tornou inviável, isso por causa da estrutura do imóvel, contruído no local em 2014, mas que já tem problemas com infiltração e está depredado. Na semana passada, um buraco foi aberto na parede de gesso da unidade por moradores de rua que entraram para dormir no local.
Abandono - Desde 2010, quando deixou de ser a rodoviária, a construção no Bairro Amambaí se transformou em abrigo para moradores de rua e usuários de drogas, que usam as antigas plataformas como “casa”. A região antes tão movimentada passou a ser foco de um problema social, que ainda está longe de ser resolvido.
“Eu chego até 4h15 da manhã, todos os dias e sempre tem muito morador de rua, são cerca de 300 pessoas na calçada”, contou uma comerciantes, que preferiu não se identificar. Há 21 anos, a mulher de 44 anos vai para a rodoviária velha verdade café e salgado. “Eles não mexem comigo, pelo tempo que estou aqui, mas tem muito, já vi até faca entrando”.
Nos últimos dias, o ponto vem sendo alvo de diversas ações como foco nos moradores de rua – incluindo a condução de cerca de 100 pessoas à Polícia Civil, com respaldo da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) a fim de prestar atendimentos quanto a documentação. O fato chamou a atenção da Defensoria Pública, que apura o caso.
Entre a noite de sexta-feira (27) e a madrugada deste sábado (28), policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar resultou em abordagens a mais de 300 pessoas. A Operação Andeja (sinônimo de andarilha) teve como objetivo principal combater pequenos furtos que, conforme informações da corporação, muitas vezes são cometidos por moradores de rua que vivem na região central da Capital.
Além das abordagens relatadas, três condutores foram conduzidos à delegacia por estarem em estado de embriaguez e estabelecimentos comerciais que tinham irregularidades na documentação foram fechados. Também houve recuperação de veículos e flagrante por tráfico de drogas –em quantidades não especificadas pela assessoria.