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Capital

Sem geradores, escolas estaduais têm protocolo contra quedas de energia

Onda de calor em Mato Grosso do Sul causou sobrecarga de energia e deixou 11 bairros sem luz na Capital

Por Idaicy Solano | 27/09/2023 11:32
Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

A onda de calor que atinge Mato Grosso do Sul causou sobrecarga no fornecimento de energia elétrica e deixou 11 bairros sem eletricidade na Capital nesta terça-feira (26). Conforme a Energisa, esta semana foi registrado ainda recorde de consumo de energia.

Em Campo Grande, quatro escolas estaduais têm capacidade de produzir energia própria. As demais unidades espalhadas pelas sete regiões da Capital precisam recorrer à coordenadoria da gestão escolar para solucionar problemas relacionados a quedas no fornecimento e sobrecarga no consumo de energia.

De acordo com a SED (Secretaria Estadual de Ensino), quando há sobrecarga no fornecimento de energia das unidades escolares estaduais, a escola é orientada a entrar em contato com a coordenadoria de gestão escolar da unidade.

"Sempre que acontece algum problema dessa natureza na escola, ela já entra em contato conosco pra que a gente possa encaminhar pra solução, manutenção, troca do quadro, troca de algum componente. Isso é a medida padrão", informa a secretaria.

Em relação à geração de energia fotovoltaica, ou seja, geração própria de energia, a secretaria explica que em áreas urbanas a medida não é comum, por conta da complexidade da instalação e da manutenção do equipamento.

"Isso é mais comum em escolas rurais, escolas do interior do Estado, em regiões mais afastadas. Você não tem ali um um fornecimento próximo de energia, então precisa ter uma ligação de energia fotovoltaica, por exemplo", explica a secretaria.

Calorão - Segundo Ana Paula Paes, meteorologista e consultora da Energisa, nos últimos dias Mato Grosso do Sul vem passando por intensa onda de calor. O fenômeno provocado pela atuação de um bloqueio atmosférico, que impediu o avanço de frentes frias pela região. "Além disso, a influência do fenômeno El Niño tende a fazer com que as ondas de calor sejam mais intensas e frequentes”, explicou.

Segundo a Energisa, a onda de calor impacta na rede que opera com alto consumo e faz investimentos para melhorar o serviço. "Nós já investimos milhões de reais na troca de transformadores e estamos substituindo mais equipamentos ao verificar demandas de consumo pelo calor elevado", destacou a empresa.

Previsão - Nesta terça-feira (26), o meteorologista Natálio Abrahão usou a tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande para alertar as autoridades que após o "calorão", o estado enfrentará fortes tempestades que podem trazer prejuízos pessoais e materiais, como ocorreu em Corumbá no início deste mês.

A temperatura em Mato Grosso do Sul ficará no "sobe e desce", acompanhada de temporais com frente fria e "calorão" com sensação térmica de até 50°C nas próximas semanas.

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