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Capital

Sem saudades na Praça do Papa: “A gente é bem contra o Carnaval”, diz morador

Na vizinhança da passarela do samba, a preocupação é com outra data festiva: a festa junina

Aline dos Santos e Aletheya Alves | 13/02/2021 09:22
Entorno da Praça do Papa é endereço do desfile das escolas de samba e da festa do padroeiro de Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)
Entorno da Praça do Papa é endereço do desfile das escolas de samba e da festa do padroeiro de Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã)

Com desfile das escolas de samba cancelado neste Carnaval de pandemia, os vizinhos da passarela do samba, ao lado da Praça do Papa, se dividem entre quem comemora  o fim da folia e quem está mais preocupado com outra data festiva: a festa junina. A Vila Sobrinho também é o endereço do Arraial do Santo Antônio, que celebra o padroeiro da cidade.

O motoboy Vilmar Miranda Menezes, 60 anos, garante que não sente a menor saudade da folia. “A gente é bem contra o Carnaval mesmo. Muita sujeira, muito barulho. Se der, a gente prefere que não continue. O ano sem festa está bom”.

O professor Djair Franco conta que era fã dos antigos carnavais, onde tinha mais alegria. (Foto: Kísie Ainoã)
O professor Djair Franco conta que era fã dos antigos carnavais, onde tinha mais alegria. (Foto: Kísie Ainoã)

“Não sou muito fã do Carnaval do jeito que é feito hoje. O pessoal pensa mais em ganhar dinheiro e esquece de como era antes, da alegria. Não me importa de não ter esse ano. Mas da festa junina a gente sente falta. Vamos continuar esperando”, diz o professor Djair Franco, 69 anos, que mora há três décadas no bairro.

Para o analista de compras Paulo Almeida dos Santos, 39 anos, a decisão de cancelar os desfiles das escolas de samba foi acertada. “Não tem a menor condição de continuar tendo festa. Mas no próximo a gente faz”, diz.

No ano passado a região já sentiu o que é perder a diversão na Praça do Papa. O primeiro evento tradicionalmente cancelado foi o Arraial de Santo Antônio, que teve de ser suspenso porque era o auge da pandemia na cidade.

O aposentado Joel Araújo de Medeiros, 70 anos, diz que sente falta de tudo. "Minha família é do Nordeste e sente falta da festa. Também nunca me incomodei com a Carnaval, levava as filhas ao desfile", comenta.

Desfile da escola de samba Igrejinha em fevereiro do ano passado em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Desfile da escola de samba Igrejinha em fevereiro do ano passado em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)


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