Sesau admite falta de servidores e repudia ataque que feriu enfermeiro
Secretaria reitera que nos três primeiros meses do ano houve um aumento de pelo menos 90% na demanda das unidades de urgência em decorrência dos casos de dengue
Depois que um enfermeiro se feriu com estilhaços de vidro quebrado por uma mulher de 33 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) se posicionou com repúdio à situação. A secretaria admite a necessidade de recomposição de RH, não só da enfermagem, mas de todas as categorias.
A mulher teve um ataque de fúria após passar quatro horas esperando para ser atendida. A situação nas unidades de saúde em Campo Grande é vista como “bomba-relógio” pelo Sinte/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande).
Em nota, a Sesau lamentou a situação e se posicionou com repúdio a todo e qualquer ato de violência contra os servidores que atuam na rede municipal de saúde. Conforme a secretaria, nestes três primeiros meses do ano houve um aumento de pelo menos 90% na demanda das unidades de urgência em decorrência dos casos de dengue e outros agravos, o que consequentemente têm sobrecarregado o serviço.
A UPA Coronel Antonino, por exemplo, tem recebido diariamente mais de 600 pacientes e isso reflete no tempo de espera por atendimento, principalmente de casos de menor gravidade, o que gera descontentamento e até mesmo reações impulsivas e graves como a presenciada na noite desta terça-feira, dia 12, na unidade. A saúde é direito do cidadão e dever do Estado, porém diante desse cenário se faz cada vez mais necessário o discernimento e o respeito.
Falta de servidores - A Sesau reforça que está dando todo o suporte ao servidor e que os fatos que culminaram nessa situação estão sendo apurados. Quanto aos apontamentos feitos pelo sindicato, a Sesau reconhece a necessidade de recomposição de RH, não só das categorias citadas, porém reitera que todas as medidas estão sendo tomadas para a melhoria do serviço.
Nos dois últimos anos houve um fortalecimento histórico na Atenção Primária, onde a área de cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF), passou de 34% para cerca de 60%. Além disso, o horário de atendimento foi estendido em 32 unidades básicas de saúde facilitando o acesso da população com objetivo de sobrecarregar a urgência.