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Capital

Sindicato faz acordo com prefeitura em ação sobre máscaras para servidores

Funcionários de áreas críticas da saúde estavam usando equipamentos não certificados pela Anvisa

Nyelder Rodrigues | 04/08/2021 19:54
Máscara KN95 não é certificada pela Anvisa, mas foi doada pelo Ministério da Saúde para conter a covid-19. (Foto: Reprodução/Pixabay)
Máscara KN95 não é certificada pela Anvisa, mas foi doada pelo Ministério da Saúde para conter a covid-19. (Foto: Reprodução/Pixabay)

O Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem da Prefeitura Municipal de Campo Grande), que entrou com ação contra a prefeitura recentemente por causa das máscaras de proteção fornecidas para os servidores da saúde, fez um acordo com o município para que o equipamento seja fornecido.

A ação ainda corre na Justiça do Trabalho, porém, tinha audiência de instrução marcada para essa quarta-feira (4), que foi alvo de pedido de adiamento feito pelo próprio Sinte, devido às tratativas já realizadas com o Executivo campo-grandense.

Máscaras KN95, que não são aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foram distribuídas para os servidores da saúde municipal. Contudo, os mesmos equipamentos foram fornecidos pelo Ministério da Saúde, argumento usado pela prefeitura para justificar o uso delas na linha de frente contra a covid-19.

No acordo, conforme apurado pela reportagem, foi fechado que a prefeitura irá distribuir as máscara pedidas pelo sindicato, chamadas N95, para os departamentos mais críticos da saúde, enquanto outros setores seguirão com as KN95, doadas pelo ministério.

As máscaras KN95 foram entregues aos profissionais ainda no ano passado. Elas foram consideradas como inadequadas pela Anvisa, por não haver testes que garantam sua filtragem de 95% das partículas, aumentando os riscos de infecção - situação contrária das N95, que comprovadamente filtram 95% das partículas.

Em matéria do Campo Grande News no mês de julho, o advogado do sindicato, Marcio Almeida, já havia revelado que audiência em 12 de maio definiu que a entidade e a prefeitura deveriam entrar em acordo sobre a situação.

"Ontem concluiu o prazo que a diretoria estabeleceu para levantar informações junto aos seus representados e, a partir de agora, devem iniciar as tratativas do acordo, tendo em vista que o pedido de redesignação de audiência foi justamente para o fim de levantar tais informações", acrescentou o advogado em contato posterior feito com a reportagem, na data seguinte à publicação do texto.

*matéria atualizada às 15h20 para acréscimo de informações

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