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Capital

Sinpol é notificado pela Justiça e decidirá em reunião próximas ações da greve

Documento chegou um pouco antes das 18h ao presidente do Sindicato, depois de dois dias de paralisação

Por Kamila Alcântara e Lucas Mamédio | 02/10/2024 19:09
Manifestação dos policiais civis em frente à Assembleia Legislativa na semana passada. (Foto: Arquivo)
Manifestação dos policiais civis em frente à Assembleia Legislativa na semana passada. (Foto: Arquivo)

O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis) recebeu, um pouco antes das 17h30 desta quarta-feira (2), a notificação para o fim imediato da paralisação que começou ontem. Ainda nesta noite, diretoria e setor jurídico do sindicato se reúnem para definir o que vão fazer diante da determinação, " para chegar a uma decisão para o movimento de greve amanhã, quinta-feira (3)". disse o presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva.

Mais cedo, para o Campo Grande News, ele já havia adiantado que não avançaram nas negociações com o governo do Estado sobre reajuste salarial e valores de abonos.

A Justiça havia determinado a suspensão da greve em resposta pedido apresentado pelo Estado, que avalia como ilegal o movimento. O desembargador Nélio Stábile, responsável pela decisão, baseou-se em uma tese do STF (Supremo Tribunal Federal) que proíbe a greve para servidores da Segurança Pública, enfatizando a importância da continuidade dos serviços essenciais à sociedade.

Com a paralisação, os atendimentos nas delegacias ficaram restritos a situações emergenciais, que envolviam crianças, idosos, furtos e roubos de veículos, além de outros casos considerados urgentes.

A DGPC (Direção Geral da Polícia Civil) afirmou que está aguardando o cumprimento da decisão judicial para verificar quais medidas serão tomadas a partir de amanhã;

A reportagem entrou em contato com o delegado-geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone, que informou esperar que a decisão seja cumprida. Questionado sobre medidas, caso os policiais desrespeitem a decisão, ele disse apenas:  "vamos trabalhar com o caso concreto", disse.

O secretário estadual de Administração, Frederico Felini, também foi contactado, mas disse que o posicionamento da SED (Secretaria de Estado de Administração) será por assessoria.

Reivindicações - Governo, Assembleia Legislativa e policiais fizeram várias rodadas de negociação para um acordo, que não se confirmou. Os policiais querem reajuste de 28%, para que o salário sai de 19º e atinja a sexta posição no ranking nacional. Também pedem aumento do auxílio-alimentação de R$ 400 para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados que é de R$ 1.500, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira.

O Executivo manteve a oferta inicial de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas. O governo propõe aumento real de 8%

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