Som alto, manobras e nada de máscara: "muvuca" tomou conta da Afonso Pena
Centenas de pessoas deram um show de irresponsabilidade ao lotarem os altos da Avenida Afonso Pena, na noite deste domingo (10)
Os altos da Avenida Afonso Pena foram tomados por centenas de pessoas que não estão nem aí para o risco de contaminação do novo coronavírus. Na noite deste domingo (10) o som alto “deu o tom” para o show de irresponsabilidade que tomou conta do local, mas uma vez. Os vídeos enviados ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas impressionam.
A área externa do Parque das Nações Indígenas, voltou a receber o “vai e vem” de motos, carros e pessoas. Todo mundo, claro, estava sem máscara. Como sempre, a “muvuca” foi regada a muita bebida alcoólica, funk e narguilé tanto entre as pessoas que estavam na lateral do parque, quanto no canteiro central da avenida.
Em um dos vídeos é possível ver até a fumaça expelida das rodas das motos dos motociclistas que realizam manobras no local. Ainda conforme os leitores, a maioria dos frequentadores do local é jovem, mas também havia famílias inteiras com adolescentes e até crianças. A falta de policiamento também gerou revolta.
“Não vi uma viatura da polícia passando por lá, tinha que ter mais policiamento”, comentou um pedreiro, de 27 anos, que pediu para não ter a identidade divulgada. “Fiquei impressionado com o que eu vi, diante da crise que todos nós estamos passando. O duro é que depois acaba enchendo os hospitais”, completa.
O “randandan” atrapalhava até mesmo o fluxo do trânsito na Avenida Afonso Pena. “Quando fui pegar um pedido em um restaurante próximo da aglomeração, os motociclistas estavam fazendo ‘zerinho’ no meio da avenida. Não deixavam ninguém passar”, conta um motoentregador.
“É uma falta de respeito muito grande. A população fica cobrando vacina do governo, resposta do prefeito, mas ninguém faz nada para pelo menos tentar evitar a proliferação do vírus”, se queixa.
“É um desrespeito às pessoas que perderam suas vidas, até mesmo com a família dessas, nesse período de pandemia”, disse outro leitor.
Quem cuida do policiamento da região é a Polícia Militar, mas a redação recebeu relatos de moradores que fizeram queixas, mas segundo eles, nenhuma viatura sequer passou pelo local.
A reportagem ligou para o comandante da PM o coronel Marcos Paulo Gimenez, mas as ligações não foram atendidas. Procurada, a Guarda Civil Metropolitana informou que iria mandar equipes ao local.
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