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Capital

Suspeitas de dengue na Capital caem 96% em janeiro chuvoso

Saúde pede cuidado para evitar criadouros em período de chuvas frequentes

Tainá Jara | 01/02/2021 17:56
Eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti é uma das melhores formas de evitar a dengue (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti é uma das melhores formas de evitar a dengue (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

As notificações de casos de dengue caíram 96% durante o mês de janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado em Campo Grande. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foram registradas 154 suspeitas registras entre 1° e 31 de janeiro. No mesmo período do ano passado foram 3.718 casos registrados da doença.

Chuvas frequentes, contudo, exigem atenção da população em relação ao extermínio de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor também da Zika e Chykungunia.

Em 2020, a Capital encerrou o ano com maior número de notificações de Mato Grosso do Sul. Foram 19.418 suspeitas registradas, portanto, alta incidência da doença. Os casos confirmados foram 13.024 e as mortes 7.

No ano passado, a prefeitura executou o projeto piloto de duas novas iniciativas para melhorar os índices de infestação. A armadilha com inseticida é um deles. Previsto para ser implementado a partir de 2021, o método possui eficácia entre 60% e 100%, segundo pesquisadores.

As ovitrampas, armadilhas para as fêmeas do mosquito que colocam seus ovos nas palhetas de madeiras umedecidas, passarão a ter inseticidas, fazendo com que as larvas morram ainda nos estágios iniciais do desenvolvimento.

Outro método testado é a inserção do meio ambiente de espécies de Aedes aegypty com bactéria Wolbachia, bactéria que quando presente nos animais, os impedem de desenvolver os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela.

Crescimento de infestação - Com um total de 20.240 casos durante todo o ano, a capital sofreu pela primeira vez com duas epidemias seguidas de dengue e, mesmo com uma redução significativa dos casos neste primeiro mês do ano, o responsável pela coordenadoria de combate a endemias vetoriais (CCEV), Vagner Ricardo, alerta para o risco da doença. “Nós temos percebido um aumento muito grande de reclamações e infestações pelo mosquito Aedes aegypti”, comenta.

Segundo ele, esse crescimento na infestação de mosquitos é uma consequência da falta de cuidados da população em reduzir e exterminar locais que possam ser criadouros do inseto. As chuvas constantes pioram a situação, uma vez que assim evita-se de sair de dentro de casa, mesmo que ir apenas até o quintal, e a água passa a acumular nos reservatórios.

“Hoje nós vivemos uma situação um tanto quanto particular, temos que lidar com a pandemia da Covid-19 que assola o mundo todo e ainda evitar a transmissão da dengue, que é uma doença endêmica da nossa região”, lembra o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.

Para assegurar a saúde, tanto da população quanto dos agentes de endemias, as equipes permanecem realizando visitas nos imóveis em Campo Grande, contudo sem entrar nas casas dos moradores, vistoriando somente quintal e áreas externas, reduzindo, assim, a possibilidade de contágio pelo novo coronavírus.

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