Suspeito de atirar em idosa “por engano” se apresenta à polícia
Acompanhado de advogado, o rapaz levou a arma até a delegacia e contou sua versão do crime
Principal suspeito de atirar em uma idosa de 78 anos “por engano”, Diego Henrique Magalhães da Silva se apresentou à polícia para contar sua versão sobre o crime, que aconteceu no dia 14 de dezembro no Bairro Coophatrabalho. A arma usada e o carro que ele dirigia na data foram apreendidos.
O suspeito compareceu a 7ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado de advogado e entregou a arma usada por ele para disparar contra a casa da idosa. Ao Campo Grande News a delegada Marília de Brito não revelou detalhes do depoimento, mas explicou que apura a participação de outros dois homens no crime.
Diego foi identificado como autor do tiro pelo filho da vítima e desde então era procurado pela equipe de investigação da delegacia.
Os policiais chegaram a ir na casa de Diego minutos depois do crime, mas encontraram apenas a mulher dele no local. Ela confirmou a polícia que o marido tinha uma arma e mostrou o cofre em que ele a guardava. No mesmo dia, a equipe localizou o Volkswagen Golf dirigido por ele no momento dos disparos.
O carro pertencia a um amigo de Diego. Ele também foi ouvido. Contou que o suspeito realmente pediu o veículo para fazer a “cobrança de uma dívida” e chegou a afirmar que receberia uma moto em troca.
O alvo da cobrança era o filho da vítima, de 38 anos. O rapaz contou ter conhecido Diego no trabalho e ter feito com ele um empréstimo com juros de 150%, taxa de acréscimo que fez com que a dívida mais que dobrasse. Sem ter como pagar, começou a receber ameaças do “amigo”.
O crime – De acordo com informações do Boletim de Ocorrência, na manhã do dia 14 de dezembro o suspeito foi até a casa da família junto com outras duas pessoas. Depois de fazer ameaças, ele atirou na direção do imóvel e acertou o rosto da idosa de raspão. No local, investigadores recolheram um projétil de arma de fogo.
À polícia, o filho dela contou que, após o crime, Diego ligou perguntando se a aposentada realmente tinha sido atingida. Enquanto a ocorrência era registrada, ele voltou a enviar uma nova mensagem no celular da vítima. “E aí, vai me pagar?”, questionou.
O caso é investigado como tentativa de homicídio, por motivo fútil e disparo de arma de fogo.