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Capital

Suspeito de matar irmã, ex-detento foi diagnosticado como psicopata na cadeia

Psicólogo afirmou em laudo que ele não era pessoa apta a conviver em sociedade

Lucia Morel | 29/05/2022 10:08
Antônio Benites, fotografado em uma das vezes em que foi preso. (Foto: Reprodução processo)
Antônio Benites, fotografado em uma das vezes em que foi preso. (Foto: Reprodução processo)

Antônio Benites, de 38 anos, vulgo “Ninho”, principal suspeito de matar a irmã, Patrícia Benites Servian, de 31 anos, na última sexta-feira (27), na casa da família e em frente aos filhos dela, foi diagnosticado por perícia psicológica como psicopata em janeiro de 2019, conforme laudo anexado em processo que ele respondeu por estupro.

De acordo com o documento, encomendado para saber se o então réu poderia progredir para o regime semiaberto, o profissional que o analisou, um psicólogo especialista em psicoterapia, afirmou que ele não era pessoa apta a conviver em sociedade.

Em determinado ponto da análise, o psicólogo responde questões do Ministério Público sobre se Antônio demonstra ter condições de convívio social e a reposta é a que segue: “o examinado ainda apresenta sinais de inadaptação que demonstram não ser conveniente a sua progressão para o regime semiaberto”.

(Fonte: Reprodução de processo)
(Fonte: Reprodução de processo)

O juiz na ocasião, Mário José Esbalqueiro Júnior, substituto na 1ª Vara de Execução Penal, acatou a indicação do laudo, em decisão de fevereiro de 2019, e não concedeu o encaminhamento do réu ao semiaberto. Inclusive, em segunda instância, desembargadores decidiram por sua manutenção em regime fechado.

Atualmente, Antônio estava cumprindo medida cautelar diversa da prisão de uso de tornozeleira eletrônica. Com várias passagens pela polícia, de roubo a maus-tratos, Antônio também cumpriu pena por estupro e tentativa de estupro de uma vizinha, uma irmã e uma cunhada.

Caso - Conforme a investigação policial, Patrícia foi asfixiada até a morte pelo próprio irmão na casa onde vivia, no cruzamento das ruas Dalva de Oliveira com Francisco da Silva, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande.

O homem chegou a cavar uma cova no quintal para enterrar a irmã. Familiares também suspeitam que ele tenha estuprado a vítima.

O crime ocorreu na madrugada de sexta-feira (27), mas o caso só veio à tona por volta das 18h do mesmo dia, depois que familiares invadiram a residência ao notar o sumiço da mulher. Antônio saiu correndo após ser descoberto e, desde então, seguia foragido. Ele foi preso nesta manhã, perambulando pelo anel viário, na saída para Três Lagoas, na Capital.

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