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Capital

Suspeito se entrega e confessa mortes, mas 'livra' irmão mais jovem

Nyelder Rodrigues e Adriano Fernandes | 08/11/2016 19:48

Jean Carlos Rocha Martins, de 21 anos, confessou a participação e autoria dos disparos que mataram duas pessoas em um tiroteio no bairro Guanandi - região sul de Campo Grande -, na noite de domingo (6). Junto dele, agiu também um segundo suspeito, identificado apenas como Pretinho e que está foragido.

O suspeito se entregou na tarde desta terça-feira (8) à Polícia Civil. Ele iniciou o depoimento às 14h30, encerrando apenas às 18h15, na 5ª DP (Delegacia de Polícia), onde o caso foi apurado. Jean é irmão de Jhonata Rocha Martins, de 19 anos, inicialmente apontado também como participante da ação.

Entretanto, o irmão mais novo também foi a delegacia prestar depoimento, mas negou que tenha participado da ação. De acordo com um dos advogados da dupla, Edgar Gomes, já havia uma rixa antiga entre os envolvidos e as vítimas, sendo que a motivação do mesmo foi um acerto de contas.

No mesmo dia do crime, uma das vítimas baleadas, Romário da Costa Trindade, de 22 anos, conhecido como Romarinho, teria provocado Jhonata na rua enquanto passava de moto e armada. O jovem então contou a situação para o irmão mais velho, que foi ao local do crime tirar satisfações, acompanhado de Pretinho.

"O Jean alega que foi ao local apenas conversar com os rivais, mas ambos estavam armados", disse o advogado, ao lado do delegado. O crime aconteceu na rua Corá, onde no domingo à noite, após Pretinho e Jean chegarem, houve uma discussão que terminou em tiroteio, com dois mortos e três feridos. "Jean confessou ter dado entre 11 e 12 tiros", diz o Edgar.

A arma usada no crime não foi entregue e Jean diz não saber onde ela está, assim como não sabe sobre o paradeiro de Pretinho. Por ter confessado o crime, ele responderá em liberdade pelos crimes de duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio, o que pode dar pena mínima de 13 até 30 anos de prisão, segundo o delegado João Reis Belo.

"Ainda temos de ouvir as vítimas e as testemunhas para confirmar a veracidade dos fatos alegados em depoimento hoje. Ainda não está descartada, por exemplo, a participação do irmão mais jovem no crime. Mas isso ainda será apurado durante as investigações", argumenta João Reis. Jean já tem 3 passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo.

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