Tapa-buraco completa 40 dias com 10% de 300 mil crateras preenchidas
Conforme estimativas, equipes levarão o ano inteiro para tapar todos os buracos de Campo Grande
Ao completar 40 dias à frente da prefeitura, Marquinhos Trad (PSD) estima que em torno de 30 mil buracos tenham sido tapados neste período em Campo Grande. Porém, o caminho a ser percorrido ainda é longo.
Isoladamente, o número parece expressivo: 30 mil buracos seriam capazes de completar três quilômetros de rua. O total corresponde a apenas 10% das crateras ainda espalhadas pela cidade. Segundo o prefeito, um trabalho ininterrupto que seguirá pelo menos até outubro.
Na primeira semana do ano, o levantamento da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos apontava que cerca de 200 mil buracos aterrorizavam a vida dos motoristas. Depois de várias semanas nas ruas, Trad diz ter percebido que o problema era ainda maior, reiterou o número e refazendo a conta declarou: "eram 300 mil buracos".
"Avançamos muito, mas também dependemos da natureza. As equipes nas ruas conseguem tapar tapar mil buracos por dia, mas quando chove esse número fica prejudicado e temos tido muitas chuvas", comentou o prefeito. Considerando as chuvas, será necessário o ano inteiro de 2017 para tapar todos os buracos da Capital.
O trabalho continua acompanhado de perto pelo prefeito, que justifica: as vistorias constantes são necessárias, segundo ele, para garantir qualidade. "Mesmo com as chuvas os buracos tapados não reabriram como acontecia antes, porque agora é feito do jeito certo. O asfalto é cortado, preenchido, passado o rolo compressor, tem espessura e profundidade", explicou Trad, comparando: "É visível a diferença, antes era paliativo".
Nas ruas permanecem 19 equipes que somam quase 300 homens em diversas regiões da cidade - por dia são tapados cerca de 150m2. Nesta sexta-feira (10), é possível verificar trabalhos em bairros como Jardim dos Estados e também nas proximidades da Avenida Mato Grosso.
Conforme a Infraestrutura, já foram usados mais de duas toneladas de CBUQ (Concreto Asfaltico Usinado a Quente) - material derivado do petróleo que custa R$ 358,45 m2, e que reponde por metade do custo total da operação tapa-buraco.
Retomada – Já no primeiro dia de gestão, o prefeito convocou as três empresas que ainda tinham contratos para os serviços de tapa-buracos - Pavitec, Selco e Wala Engenharia - para uma reunião a portas fechadas no Paço Municipal. Com os acordos questionados judicialmente durante a gestão anterior, Trad pediu um voto de confiança aos empresários, inclusive no que tangia débitos pendentes e conseguiu aumentar de 10 para 17 o número de equipes.