Em ritmo de quebra-quebra e chuva, tapa-buraco sofre lentidão na Capital
Marcado por dificuldades com o tempo chuvoso e quebra-quebra nas usinas de massa asfáltica, o serviço de tapa-buraco enfrenta lentidão e esquece os bairros em Campo Grande. Nos últimos nove dias, a reportagem encontrou a equipe na mesma quadra da rua Sergipe, entre as ruas Paraná e da Paz, no Jardim dos Estados.
No dia 25 de janeiro, o serviço era feito debaixo de chuva. Nesta sexta-feira (dia 03), o trabalho é executado apenas alguns metros abaixo. Conforme apurado pela reportagem, por quatro vezes a enxurrada levou a bica corrida, um revestimento que antecede a massa asfáltica e nivela para que a capa de asfalto tenha cinco centímetros. O asfalto da rua foi levado pela chuva em 23 de janeiro.
Em outras duas ocasiões, a usina que fornece o asfalto estragou. Contudo, a previsão é terminar o serviço hoje nessa quadra. Em seguida, a equipe deve descer a rua. Entretanto, também há buracos na outra direção, ou seja acima da esquina com a Rua da Paz.
Na avenida Rodolfo José Pinho, perto da esquina com a Coronel Manoel Cecílio, bairro Monte Líbano, cerca de dez buracos foram recortados ontem, mas não receberam massa asfáltica. Segundo informado à reportagem, a chuva impediu a conclusão do serviço. O tapa-buraco deve ser concluído no trecho na tarde desta sexta-feira.
“Graça a Deus estão fechando. O prefeito tem compromisso com a cidade”, afirma Ana Regiane Motta Souza, 57 anos, que mora no Monte Líbano há 32 anos.
A mesma sorte ainda não chegou ao bairro Cidade Jardim - onde vias que distribuem o fluxo para Afonso Pena, Parque dos Poderes e Chácara Cachoeira – são tomadas por crescentes buracos. Na rua San Marino Park, a erosão no pavimento avança e ganha até contorno de coração. Na rua Gardênia com a Centáurea, o buraco fecha parcialmente o cruzamento.
“Acho que a prefeitura sabe da existência dos buracos maiores, mas é muito lento”, afirma o motorista Francisco Josivan Ferreira Lima, 38 anos. Os buracos também persistem na avenida Ministro João Arinos e na rua Joaquim Murtinho. Próximo ao CCI Vovó Ziza (Centro de Convivência do Idoso), os buracos são de maior profundidade.
Conforme levantamento da prefeitura, a malha viária da Capital tem 250 mil buracos. No mês passado, o governo do Estado e a prefeitura firmaram convênio de R$ 50 milhões, sendo R$ 20 milhões para reforçar o trabalho de tapa-buraco e o restante para custear, no segundo semestre, recapeamento de vias. A Capital tem 2.800 quilômetros de vias pavimentadas.
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