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Capital

Testemunha da Omertà presa com pornografia infantil é solta

Eliane Benitez Batalha dos Santos ficou presa até o dia 12 de junho, quando conseguiu liberdade provisória

Marta Ferreira | 18/06/2021 16:30
Eliane Benitez Batalha, que responde a dois inquéritos na DPCA. (Foto: Reprodução de vídeo em processo)
Eliane Benitez Batalha, que responde a dois inquéritos na DPCA. (Foto: Reprodução de vídeo em processo)

Alvo de dois inquéritos da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), a testemunha-chave da operação Omertà Eliane Benitez Batalha dos Santos, de 29 anos, vai aguardar em liberdamento o andamento das investigações. Ela foi presa em flagrante com material pornográfico infantil e também é alvo de investigação por estupro de vulnerávell.

Eliane foi detida em casa, no Portal Caiobá, em Campo Grande, na operação Acalento, no dia 7 de junho. A investigação jornalística identificou que primeiro foi arbitrada fiança de 2,2 mil para ela, mas depois acabou solta, sem pagar qualquer valor.

Um dos argumentos acatados pela Justiça foi o de que Eliane estava com suspeita de contágio pelo coronavírus e não tinha condições de bancar a fiança.

Ela ficou do dia 7 de junho até 12 de junho na carceragem da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Campo Grande. Seria transferida para presídio em Corumbá, quando conseguiu a soltura.

Eliane Benitez é esposa de Marcelo Rios, ex-guarda civil réu na operação Omertà, sob acusação de ser gerente de organização criminosa dedicada a executar inimigos. Ele está na penitenciaria federal de Mossoró (RN).

O casal é suspeito de produzir e armazenar material pornográfico com imagens de crianças do convívio deles. Quaro pen-drives foram apreendidos.

Menino de 7 anos confirmou abuso sexual em depoimento à DPCA e por isso a mulher foi enquadrada também em estupro de vulnerável.

Advogado de defesa de Eliane, Márcio Widal informou que não poderia comentar sobre esse caso especificamente por se  tratar de processo em sigilo, como é praxe nos casos envolvendo crianças vítimas de crimes sexuais.

Na operação Omertá, falas de Eliane durante depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) foram essenciais para a acusação. Depois, ela desmentiu suas declarações sobre envolvimento do marido com os crimes alvos da força-tarefa.



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