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Capital

Trabalhadores param e cidade fica sem coleta de lixo nesta sexta-feira

Empregados da Solurb que trabalham no recolhimento do lixo doméstico, na varrição de ruas e no aterro sanitário não vão trabalhar amanhã

Anahi Zurutuza | 06/04/2017 17:58
Caminhão da coleta de lixo circulando pelas ruas da Capital (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Caminhão da coleta de lixo circulando pelas ruas da Capital (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Sem receber o vale-alimentação e temendo não ter os salários, empregados da Solurb, que trabalham na coleta de lixo, varrição de ruas e no aterro sanitário de Campo Grande, cruzarão os braços nesta sexta-feira (6). Até a madrugada, coletores devem sair da garagem da empresa para o recolhimento do lixo doméstico pelas ruas da Capital, mas vão interromper o trabalho a partir da 7h.

O presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson Gomes da Costa, diz que não há previsão para que os cerca de 1,2 mil trabalhadores recebam os pagamentos.

Ele explica que a empresa avisou que atrasaria o pagamento do vale, mas prometeu fazer o depósito no quinto dia útil – nesta quinta-feira (6) –, o que não aconteceu. “Vamos parar. Avisaram no dia 31 que haveria atraso, concordamos em receber no quinto dia útil, mas nem o vale foi depositado até agora”, afirma.

Empresa – A Solurb confirma o atraso. Por meio de nota, a empresa informou que “tanto o pagamento dos funcionários como a disponibilização do ticket alimentação estavam programados para hoje”, mas esclareceu que ainda não tem os recursos disponíveis para fazer os depósitos.

Segundo a concessionária, em cumprimento ao acordo judicial firmado entre a Prefeitura de Campo Grande e a empresa em agosto de 2015, mensalmente, o município deposita em uma conta aberta pela Justiça do Trabalho o valor referente ao pagamento dos funcionários da Solurb – cerca de R$ 3 milhões por mês.

O depósito referente aos salários de março chegou a ser feito neste mês, mas, ainda segundo a empresa, a Justiça determinou a devolução do valor aos cofres municipais devido do fim da vigência do acordo.

“O entendimento que prevalece entre a concessionária e a prefeitura, é que o acordo está extinto, mas as obrigações descritas no mesmo, relativas ao mês de março, encontram-se pendentes”, por isso a conta judicial foi utilizada, continua a nota da empresa, que garantiu estar buscando alternativa para que a administração municipal faça o repasse do montante para que a Solurb possa depositar os salários nesta sexta-feira.

Por meio da assessoria de imprensa, a administração municipal reforçou que fez o depósito para a Solurb e que o problema foi na conta bancária disponível para este fim. A prefeitura ressaltou ainda que advogados da concessionária se reuniram na tarde de hoje com técnicos da prefeitura para discutir solução.

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