Trânsito de Campo Grande mata 3 mulheres em 4 dias
Último acidente foi registrado na madrugada deste sábado e vídeo mostra violência da batida de moto em carro
Karolayne Talia Oliveira de Souza, de 23 anos, Michelli Alves Custódio, de 36, e Graciele Rosa da Silva Pereira, 33, entraram para a triste estatística de mortes no trânsito de Campo Grande. Infelizmente, segundo o especialista em Segurança Pública, Wellington Klimpel do Nascimento, o desrespeito às normas de trânsito é o fator principal para o esse resultado.
Os acidentes ocorreram entre 12 a 15 de outubro, sendo o último registrado na madrugada deste sábado. Graciele conduzia uma moto em alta velocidade pela Avenida Duque de Caxias, quando colidiu violentamente em um carro Fiat Pálio, parado no semáforo. Aparentemente, pelas imagens registradas por uma câmera de segurança, o carro não tinha qualquer luz traseira e a motocicleta também não estava com o farol ligado.
O boletim de ocorrência descreve que Graciele estava sozinha na motocicleta e a perícia não constatou marcas de frenagem na pista. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas ao chegar ao local constatou o óbito.
Na madrugada de quinta-feira (13), Michelli Alves estava conversando na calçada de casa com uma conhecida, a quem prestava ajuda, quando as duas foram atropeladas por Renault Sandero, conduzido por um motorista bêbado, na Avenida Fábio Zahran. Os filhos de Michelli presenciaram o acidente. O motorista, Charles de Goes Júnior, de 30 anos, tentou fugir, mas acabou preso em flagrante.
No dia anterior, tarde de quarta-feira (12), Karolaine pilotava uma motocicleta Honda Biz pela Avenida Nelly Martins sentido Avenida Afonso Pena quando, segundo testemunhas, atingiu a lateral do veículo Gol que furou o sinal vermelho.
O condutor do carro, Fábio Mendes Gondim, de 35 anos, colocou a culpa na jovem e disse que ela teria furado o semáforo. No local, ele foi submetido a teste de alcoolemia que aferiu o valor 0,24 miligrama por litro de ar expelido, teor alcoólico abaixo do valor mínimo que configura o crime de embriaguez ao volante. Ele foi autuado por homicídio culposo na direção de veículo automotor.
O especialista, Wellington Klimpel, explica que em todos os casos, infelizmente, foram os desrespeitos às normas que ocasionaram o fator morte. "Em muitos sinistros de trânsito é observado que ocorreram desrespeitos às normas de trânsito onde pelo menos um dos condutores envolvidos não considerou a condução de seu veículo de acordo com as regras de circulação. Exemplificando: alta velocidade; embriaguez no trânsito e imperícia na condução do veículo (não possuir CNH)".