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Capital

Treinador acusado de assédios defende castração química em rede social

Conforme a polícia, há duas denúncias de assédio contra o professor envolvendo alunas de atletismo

Dayene Paz | 14/09/2022 10:42
Postagem feita por treinador, em julho deste ano. (Foto: Reprodução/Facebook)
Postagem feita por treinador, em julho deste ano. (Foto: Reprodução/Facebook)

O treinador, de 37 anos, acusado de assédios sexuais contra atletas em Campo Grande, já defendeu a castração química em sua rede social. Ele chegou a postar um vídeo, em julho deste ano, referente a um médico acusado de estuprar pacientes, no qual afirmava "por isso somos a favor da castração química, para agressores sexuais e pedófilos".

O treinador é investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), contudo, a polícia já adiantou que há outras vítimas. A delegada Rafaela Lobato explicou que intimará o treinador, que deve ser ouvido nos próximos dias.

Ainda, a delegada confirmou que ele já respondeu por ameaça em 2020 contra a ex-esposa. No mesmo ano, há denúncia de assédio sexual contra uma aluna de atletismo, de 13 anos, caso que corre na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Conforme apurado pela reportagem do Campo Grande News, a mãe da menina foi quem procurou a polícia ao ver mensagens e fotos no celular da filha. O treinador, supostamente, estaria a assediando, aparentando querer ter um relacionamento com a menor.

A denúncia mais recente foi feita na segunda-feira (12) à Polícia Civil. Conforme a atleta, de 19 anos, o caso ocorreu em março deste ano, contudo, ela só tomou coragem para procurar a polícia esta semana porque tinha medo de perder a bolsa. As "investidas" do professor, vinham ocorrendo há cerca de dois anos.

No relato feito à Deam, a jovem relembrou o dia 30 de março deste ano, quando o treinador deu carona para os atletas, os levando para suas respectivas casas, como de praxe. Durante o trajeto, a deixou por último e pediu para ficar com a vítima, que respondeu negativamente. Não aceitando a resposta, fez um novo pedido, dessa vez oferecendo R$ 50 e R$ 100, o que também não foi aceito.

Mesmo diante da segunda recusa, o treinador não parou com o assédio e pediu para pegar nos seios da atleta. A jovem, por sua vez, respondeu que só o via como professor e profissional. Descontente, de acordo com a denúncia, o treinador ainda mostrou, pelo celular, uma foto do pênis dele, pedindo para que ela comentasse com as amigas. Em seguida, a deixou em casa.

A Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), afirmou que a vítima é beneficiária do programa Bolsa Atleta e o técnico beneficiário do Bolsa Técnico, sendo que ele não é servidor do órgão. A entidade afirma que acompanha de perto o caso e salienta que professor pode perder o direito ao recebimento da bolsa, caso comprovado o crime.

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