Três dias após, mãe que veio de Curitiba reconhece corpo da filha assassinada
Yasmin Beatriz Almeida Guedes, de 18 anos, foi morta com oito tiros na noite de segunda-feira (28)
Depois de mais de 15 horas de viagem, entre Curitiba e Campo Grande, e uma aguardando no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), Letícia Almeida identificou o corpo da filha, Yasmin Beatriz Almeida Guedes, na tarde desta quinta-feira (1). A jovem, de 18 anos, foi morta com oito tiros.
Logo que chegou na Capital, às 16h20min, Letícia disse que, antes de qualquer coisa, queria ver a filha. A mãe esperou cerca de uma hora no Imol até reconhecer o corpo e, chorando muito, relatou que não conseguia dizer nenhuma palavra.
Durante os últimos dias, a mãe fez uma série de publicações no Facebook para ilustrar a dor e desespero após perder a filha. Em um post se referindo ao principal suspeito do crime, Hércules Alves de Souza, Letícia disse que “ela amava ele, ele amava ela. Ele tirou a vida dela, mas ele tem vida agora”.
Ontem, antes de sair de Curitiba, ela fez um agradecimento pela rede social.
“A todos que estão comigo nessa dor da perda. Estou inconformada com minha filha ter sido assassinada a sangue frio”.
Sobre perdão, ela disse que leva os ensinamentos da religião em que acredita, “Deus me consola e meu Jesus me ensinou que o perdão é uma forma de nos dar paz na alma”. Depois, completa dizendo que a filha não será esquecida, e citando o nome de Hércules, diz que a justiça será feita.
O namorado de Yasmin, Hércules Alves de Souza, 21 anos, é o principal suspeito de assassinar a jovem. Responsável pela investigação, a delegada Anne Karine Trevisan explicou que os dois mantinham relacionamento e que a polícia está em busca por Hércules.
Pela manhã de hoje, a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) divulgou a foto de Hércules, que está foragido. Desde ontem, os policiais procuram pelo suspeito do crime de feminicídio.
Hércules Alves de Souza, 21 anos, é o principal suspeito de assassinar a jovem. (Foto: Divulgação)
Crime - Testemunhas relatam que Yasmin chegou de moto na Rua João Trivellato, região do Jardim Colibri. Algumas pessoas informaram que ela estava no mesmo veículo do assassina, que fugiu logo depois do crime.
Yasmin foi encontrada caída na rua com um capacete cor-de-rosa na cabeça e vários ferimentos pelo corpo. Pelo menos oito disparos de revólver calibre 32 a atingiram, mas ainda não há detalhes sobre a investigação.
Suspeito do crime, Hércules tem várias passagens pela polícia. Ainda menor de 18 anos, ele teve registro de ato infracional referente a tráfico de drogas, roubo, receptação e porte ilegal de armas.
Também com passagens enquanto adolescente, Yasmin foi indiciada por atos equivalentes a homicídio, vias de fato, ameaça, receptação, uso de moeda falsa, fabricação, comércio e detenção de armas, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo, evasão do local de custódia, desobediência, direção perigosa e organização criminosa.